Carlos Neves

carn

Head of UX, Xpand IT

Estratégia UX: Traduzir a visão de negócio num conceito de experiência

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • Ao aplicarmos estratégia a UX, buscamos uma compreensão profunda da interseção entre os objetivos do negócio, as necessidades dos utilizadores e a capacidade de implementação.
  • Mas como implementamos este processo no contexto de uma empresa? Descubra tudo neste artigo.

Quantas vezes nos deparamos com a promessa de uma experiência digital espetacular e inovadora, apenas para sermos confrontados com a dura realidade da impraticabilidade durante a implementação?

O conceito idealizado para a experiência perde-se na complexidade técnica, deixando-nos com um produto final que falha em entregar valor e credibilidade devido à falta de uma análise fundamentada.

É um dilema comum no universo da UX, obscurecendo a visão original e comprometendo a essência do que torna a experiência eficaz.

É neste cenário desafiador que a estratégia emerge como uma peça-chave, preenchendo o espaço entre as equipas de projeto. É o processo que une a visão inspiradora à execução pragmática, garantindo que a experiência digital não seja apenas uma ideia, mas algo tangível e impactante.

O conceito de estratégia ressoa em diversos aspetos da vida quotidiana, desde o desporto até às decisões corporativas. No contexto da UX, é o alicerce sobre o qual construímos experiências digitais memoráveis.

Genericamente, a estratégia é a arte de planear e direcionar ações para atingir objetivos específicos. Seja no âmbito dos negócios, produtos ou qualquer outra área, a estratégia é a bússola que orienta os passos em direção ao sucesso.

Na UX, essa abordagem não é diferente.

Ao aplicarmos estratégia a UX, buscamos uma compreensão profunda da interseção entre os objetivos do negócio, as necessidades dos utilizadores e a capacidade de implementação. É um processo de alinhamento meticuloso entre a visão macroeconómica da empresa e os fundamentos que tornam a experiência de utilização valiosa.

1 – Definir uma estratégia de UX

Na órbita da UX, a estratégia deve ser um plano robusto que responde a perguntas cruciais:

O que fazer e não fazer? A estratégia UX procurar delinear as ações a serem tomadas e aquelas que devem ser evitadas para alcançar os resultados propostos.

Que valor criamos? Destaca o que torna o produto ou serviço único, fornecendo uma proposta de valor clara que impacte os utilizadores.

Que recursos disponibilizar? Direciona onde se devem concentrar os recursos da empresa, assegurando que o investimento contribua para a visão e propósito globais.

O objetivo final da estratégia UX é obter uma vantagem competitiva.

Não deve ser entendido como um conceito isolado: é uma mentalidade que está presente em cada decisão, cada iteração e cada linha de código.

2 – Estratégia UX – as três dimensões

No contexto de UX, o foco da estratégia é triplo:

Objetivos de negócio: Alinhar o que a empresa se propõe alcançar com a experiência digital que se pretende implementar.

Responder aos utilizadores: Colocar o utilizador no centro do processo, entendendo as suas necessidades, expectativas e dores.

Capacidade de implementação: Garantir que as ideias expressas no conceito de experiência possam ser efetivamente traduzidas em produtos digitais tangíveis.

3 – A estratégia UX como agente harmonizador – O racional por trás das decisões

No processo de criação de experiências digitais, a estratégia UX harmoniza as três dimensões referidas – negócio, utilizadores e implementação. Ela não une apenas estas dimensões, mas intersecta-as, criando uma coesão com clareza e objetividade.

O espaço entre estas 3 dimensões é muitas vezes um terreno fértil para mal-entendidos e decisões equivocadas. A estratégia atua para suprimir essas lacunas, reduzindo a ambiguidade.

Ao eliminar suposições, a estratégia proporciona uma base sólida para decisões fundamentadas – não se baseia em palpites ou intuições, mas sim em análise profunda e compreensão holística.

Cada passo do processo de criação de experiências é cuidadosamente delineado pela estratégia UX. Desde a conceção inicial até à implementação, cada decisão é apoiada por um racional claro, sustentado em dados, pesquisa e alinhamento, oferecendo não apenas um produto funcional, mas uma experiência que cumpre ou transcende expectativas.

A estratégia UX é um mapa que guia as equipas de projeto através de um terreno complexo. Define claramente o que deve ser feito e, igualmente importante, o que não deve, mantendo o foco no resultado expectável estabelecido.

4. Como materializamos uma estratégia UX na Xpand IT

Como implementamos efetivamente este processo no contexto de uma empresa? A entrega resultante do processo pode variar em termos de esforço, dependendo da profundidade e complexidade dos desafios que enfrentamos. Desde um prazo de um dia até uma presença contínua, o processo é flexível e adaptável para responder a qualquer situação.

UX Strategy in a day

  • Sessão de descoberta para definir o problema;
  • Análise de mercado simples;
  • Identificar oportunidades de melhoria;
  • Pitch de apresentação.

UX Strategy sprint

  • Sessão de descoberta para definir o problema;
  • Research – Análise do mercado, concorrência e abordagem digital (simples);
  • Identificação e análise do target (simples);
  • Apresentação de propostas de valor estratégicas;
  • Criação de conceito – wireframe;
  • Apresentação e entrega de POC – proof of concept.

UX Strategy report

  • Sessão de descoberta e ideação;
  • Research – Análise do mercado, concorrência e abordagem digital (Alargada);
  • Identificação e análise do target (criação de personas);
  • Apresentação de propostas de valor estratégicas;
  • Criação de conceito – UI;
  • Apresentação e entrega de POC – proof of concept;
  • Relatório de resultados com identificação de propostas de valor.

Continuous – UX as a Service

  • Alinhamento com equipa de análise funcional;
  • Alocação contínua ao projeto;
  • Participação ativa em várias iniciativas estratégicas do cliente;
  • Identificação de novas tendências As a Service;
  • Alinhamento de oportunidades e conceito a longo prazo;

5 – Conclusão – A estratégia UX como estrutura da experiência

A estratégia UX, delineada neste contexto, não é apenas uma metodologia: é um agente estruturante de todos os elementos de um projeto.

Ao eliminar suposições, cada passo no processo de UX é uma expressão consciente da estratégia, em que as equipas trabalham colaborativamente para criar uma narrativa coesa.

O sucesso de um produto digital não é apenas determinado pela sua funcionalidade técnica, mas pela experiência global que oferece. A estratégia UX emerge como a força orientadora por trás dessa experiência.

Por fim, é crucial reconhecer que a estratégia UX não é uma entidade estática: é dinâmica e adaptável. À medida que as necessidades dos utilizadores evoluem e os objetivos de negócio se ajustam, a estratégia serve como um guia flexível, garantindo que a experiência digital permaneça alinhada com a visão da empresa.

Portanto, ao incorporar uma mentalidade estratégica na abordagem de UX, estamos não apenas a criar produtos digitais: estamos a forjar experiências que transcendem expetativas, deixando uma marca duradoura em quem usa e sente o produto digital.

Carlos NevesEstratégia UX: Traduzir a visão de negócio num conceito de experiência
read more

A importância da acessibilidade nos produtos digitais

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • Já imaginou navegar online e querer ler um artigo ou ver a cor de um produto e não conseguir?
  • Estas são algumas das realidades para quem se depara com um dos principais desafios da transformação digital: a falta de acessibilidade.
  • Neste artigo vamos explorar os critérios relacionados com acessibilidade nos produtos digitais e como os negócios se podem adaptar.

Está comprovado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) que mais de 70% dos produtos e serviços digitais, não estão adaptados para pessoas com incapacidades visuais ou cognitivas, sendo necessário consciencializar os negócios da importância em adaptar os seus canais digitais.

Quando abordamos uma temática tão impactante como esta, devemos ter em conta que existem princípios base para uma sociedade inclusiva: igualdade de oportunidades, autonomia e respeito.

Mas a questão que se impõe é: como espelhamos estes princípios em negócios com presença digital? Um dos primeiros passos é através da implementação de boas práticas e critérios que permitam tornar os produtos digitais acessíveis a todos

Critérios relacionados com acessibilidade digital

Considere o seguinte: cerca de 16% da população mundial vive com algum tipo de incapacidade. Desde limitações visuais a motoras, a base de utilizadores com necessidades únicas é diversificada, pelo que considerar critérios de acessibilidade em soluções digitais não é apenas uma obrigação de uma sociedade contemporânea, mas sim um imperativo estratégico nesta caminhada para uma maior inclusão.

Assim, foi essencial desenvolver um conjunto de critérios para facilitar a vida destas pessoas, dando equidade e as mesmas oportunidades a todos, sem exceções.

Foi através das necessidades apontadas por quem tem limitações que o W3C (World Wide Web Consortium) desenvolveu as diretrizes WCAG (Web Content Accessibility Guidelines).

Seguiu-se a lógica em organizar 4 princípios – Perceptível, Operável, Compreensível, Robusto – que sustentassem a base para desenvolver um conjunto de 13 diretrizes e, a partir destas, critérios de sucesso testáveis em conformidade com a WCAG.

Estes critérios dividem-se em 3 níveis que verificam o grau de acessibilidade digital:

  • Nível A – nível básico, com implementações mínimas;
  • Nível AA – nível padrão mundial, correspondente à união entre os critérios do nível A com os do nível AA, garantindo uma maior acessibilidade;
  • Nível AAA – nível com o maior número de implementações/funcionalidades acessíveis.

O business case para a acessibilidade

1,3 mil milhões de pessoas vivem com algum tipo de incapacidade e diariamente deparam-se com dificuldades de acesso ao universo digital.

Investir na acessibilidade é mais do que acrescentar valor ao negócio, é priorizar a inclusão e assumir uma responsabilidade social, com o benefício acrescido das empresas conseguirem responder às necessidades específicas de um segmento de mercado que até agora tem sido ignorado.

Este investimento tem um forte impacto, não só em termos de reputação de marca, mas também como diferenciação no mercado – posicionando-se como uma referência para a concorrência.

Como integramos acessibilidade nos produtos digitais

Na Xpand IT oferecemos uma visão integrada do impacto que a acessibilidade tem para os negócios com presença digital.

Focamo-nos em conceber experiências de nível AA, permitindo às organizações amplificar a sua notoriedade e fortalecer as relações de confiança com os clientes.

A implementação de boas práticas de acessibilidade nos produtos digitais não beneficia apenas as pessoas com incapacidades: eleva a qualidade das experiências para todos.

Recursos como texto alternativo em imagens, legendagem de vídeos e uma estrutura hierárquica de conteúdos não são meramente ferramentas para estes utilizadores em específico, mas sim ingredientes que enriquecem a experiência global.

Quando um produto digital é concebido para ser compreendido e utilizado por todos, a eficiência aumenta, a frustração diminui e a tecnologia torna-se uma aliada, eliminando barreiras em vez de criar obstáculos.

Em conclusão, a acessibilidade digital não se resume a um mero requisito técnico: é uma filosofia que promove uma sociedade digital inclusiva.

Na Xpand IT priorizamos a inclusão e contribuímos para moldar um universo digital que reflete a diversidade humana, proporcionando oportunidades equitativas e experiências ricas para todos.

Carlos NevesA importância da acessibilidade nos produtos digitais
read more

A Inteligência Artificial na transformação das experiências digitais

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • A Inteligência Artificial (IA) é frequentemente considerada como um dos pilares da “4ª Revolução Industrial” – uma revolução tecnológica que está a transformar fundamentalmente a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Baseia-se na convergência de várias tecnologias avançadas, incluindo IA, Internet das Coisas (IoT), robótica, cloud, nanotecnologia, entre outras. Estas tecnologias estão a desenvolver-se de maneira exponencial e têm o potencial de causar mudanças profundas em praticamente todos os setores da sociedade, impulsionando a automação de processos, personalização inteligente, análise avançada de dados e melhoria das interações homem-máquina.
  • Neste artigo, exploraremos qual a relação entre Inteligência Artificial e experiências digitais e como esta desempenha um papel fundamental na sua conceção.

Inteligência Artificial e experiências digitais: o seu papel na UX

A IA desempenha um papel crucial na criação de experiências digitais mais personalizadas e eficientes.

A tecnologia é capaz de analisar volumes massivos de dados em tempo real e identificar padrões e modelos mentais. Isto significa que pode entender e antecipar o comportamento dos utilizadores, as suas preferências e necessidades de forma mais precisa do que nunca.

A UX Preditiva com IA é aplicável em áreas como e-commerce, entretenimento, saúde, retalho, transportes, educação, entre outros.

Por exemplo,

  • Pode antecipar as necessidades de um paciente com base no seu historial médico e sugerir tratamentos ou consultas relevantes.
  • A indústria automóvel usa IA para desenvolver carros autónomos que podem circular com segurança sem intervenção humana.
  • Plataformas de investimento usam-na para analisar o mercado financeiro em tempo real e fazer recomendações com base nas metas e no perfil de risco do investidor.
  • Portais de educação online utilizam estas tecnologias para oferecer tutoria personalizada aos alunos, avaliando o seu progresso e adaptando conteúdos com base nas necessidades individuais.
  • No retalho alimentar, os processos de gestão e reposição de stocks beneficiam das potencialidades da implementação de ferramentas de IA como é exemplificado neste use case da Xpand IT.

A IA molda o futuro e transforma a forma como projetamos experiências digitais. Ao ter acesso a um vasto conjunto de informações sobre os utilizadores podemos usá-las como espinha dorsal de uma experiência relevante, com base no utilizador como um indivíduo com necessidades e expetativas específicas.

A aplicação de IA na UX design inclui:

Personalização Inteligente  

A personalização é um dos campos mais notáveis em que a IA está a fazer a diferença. Empresas como Amazon, Netflix e Spotify têm adotado IA para oferecer recomendações personalizadas aos seus clientes.

Assistentes Virtuais  

Chatbots e assistentes virtuais são exemplos de IA que oferecem interações mais naturais com dispositivos e aplicações, ajudando os negócios a funcionar à distância. Respondem a comandos de voz, fornecem informações em linguagem natural e podem realizar tarefas específicas, tornando a experiência mais conveniente e eficiente.

Automação de Processos de Negócio  

As empresas estão a adotar a automação para tarefas como atendimento ao cliente, gestão de inventário e processamento de dados financeiros. Em processos de negócio mais complexos, a IA analisa dados em tempo real e toma decisões informadas para otimizar as operações.

UX Preditiva 

A UX Preditiva é composta por um conjunto de ferramentas poderosas que analisam padrões, tendências e correlações.

Estes são alguns dos seus benefícios e como pode ser aplicada:

Personalização Contextual 

A capacidade de analisar dados e entender o contexto em que um utilizador está a interagir com um sistema ou aplicação. Isto inclui considerar informações como localização, histórico de navegação, preferências pessoais e dados ambientais.

Recomendações Inteligentes 

Um dos aspetos mais visíveis da UX preditiva é a geração de recomendações inteligentes que é amplamente utilizada em plataformas de e-commerce, streaming de conteúdos e redes sociais.

Assistência Proativa 

A IA também é usada para fornecer assistência proativa. Isto significa que, em vez de esperar que o utilizador peça ajuda, pode antecipar problemas ou dúvidas comuns e oferecer soluções automaticamente.

Aprendizagem Contínua 

À medida que o utilizador interage com o sistema, a IA coleta dados sobre as suas preferências e comportamento, refinando constantemente previsões e personalizações. Quanto mais dados possuir, mais precisa se torna em antecipar as necessidades do utilizador.

O Futuro da IA na conceção de experiências

À medida que a IA continua a evoluir, o futuro da UX torna-se ainda mais emocionante. A personalização será levada a novos patamares, com sistemas que entendem não apenas os nossos comportamentos, mas também por que fazemos determinadas escolhas.

A IA aprimorará a acessibilidade, tornando as experiências digitais mais inclusivas para pessoas com limitações. Por exemplo, sistemas de IA podem traduzir automaticamente conteúdos em linguagem gestual para utilizadores surdos, tornando esses conteúdos ainda mais acessíveis.

A IA também continuará a desempenhar um papel crucial na criação de interações mais naturais e intuitivas. À medida que a tecnologia de reconhecimento de voz e processamento de linguagem natural se desenvolver, será possível interagir com aplicações digitais de maneira mais próxima da comunicação humana, o que tornará a tecnologia mais fácil de usar e acessível a todos.

Pensamentos Finais

A Inteligência Artificial está a transformar a forma como experimentamos o mundo digital, tornando as experiências mais eficazes, envolventes e convenientes. No entanto, esta tecnologia ainda terá pela frente, como outras antes, um caminho de maturação e sustentação. Ainda agora começamos a explorar o potencial que esta tecnologia tem para revolucionar diferentes negócios e indústrias.

Como vimos, o uso da IA oferece inúmeras oportunidades, mas também levanta preocupações que devem ser ponderadas, nomeadamente representatividade dos modelos, privacidade dos dados, medidas de segurança, ética e responsabilidade. Enfrentar estes desafios é fundamental para garantir que a IA seja usada de forma consciente.

Enquanto continuamos a avançar nesta era da Inteligência Artificial, é essencial que os profissionais de UX, em parceria com as empresas, estejam na vanguarda dessa revolução. A adoção da IA não é apenas uma vantagem competitiva, mas também uma necessidade para oferecer experiências digitais de alta qualidade num mundo cada vez mais conectado e orientado pela tecnologia.

Carlos NevesA Inteligência Artificial na transformação das experiências digitais
read more

UX Framework: que ferramentas utilizar para criar uma boa experiência

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • A experiência ideal é aquela que permite aos utilizadores realizar uma tarefa de forma eficaz, positiva e que termine com uma sensação de satisfação.
  • A construção da experiência ideal é uma jornada complexa – é uma jornada de aprendizagens, de tentativa e erro, de sucessos e insucessos e de muitas iterações e evoluções.
  • Conheça as ferramentas de UX que utilizamos na Xpand IT e as atividades que executamos com o objetivo de criar boas experiências.

No artigo anterior, abordámos as características fundamentais da UX (analisar comportamentos de forma holística, criar empatia e eliminar suposições, assumir papel fulcral na relação da marca com clientes). Nesta 2ª parte, detalharemos algumas das atividades e ferramentas a que recorremos para definir experiências intencionais e memoráveis que, ao mesmo tempo, atendam objetivos de negócio específicos.

Resolver problemas ‘the UX way’

A solução para um problema de UX é obter uma resposta clara para as seguintes questões:

  1. Qual é o problema? (Identificar claramente o problema);
  2. Quem tem esse problema? (Para quem estamos a projetar a experiência?);
  3. Quais são os objetivos? (Negócio e utilizadores);
  4. Como resolver o problema (Estratégia);
  5. Que funcionalidades são necessárias para os atingir? (Requisitos funcionais);
  6. Como funcionará o produto para que os objetivos sejam alcançados? (Solução do problema).

Para encontrar as respostas, a equipa de UX recorre a atividades e ferramentas de UX diversas que devem adaptar à complexidade do problema em mãos. Estas são as mais significativas:

Descoberta

Uma grande parte do sucesso do produto vem de encontrar o problema certo para resolver.

A fase de descoberta é, provavelmente, a mais variável entre os projetos. Os mais complexos incluirão atividades significativas de pesquisa de utilizadores e concorrentes, enquanto projetos pequenos podem ignorar algumas destas atividades, mantendo entrevistas informais, inquéritos ou estudos no terreno.

Que atividades executamos?

Workshops UX de descoberta, empatia e priorização – workshops de UX são usados em todo o processo para resolver, entre outros, problemas de ownership multifuncional ou obter consensos.

Estratégia

A estratégia é um dos processos que deve ter prioridade no contexto de uma definição de UX.

Definir uma estratégia clara moldará os objetivos do projeto – o que a organização espera alcançar, como o sucesso deve ser medido e quais as prioridades. Nesta fase devem ser encontradas respostas para 3 perguntas fundamentais: Onde está a empresa agora, para onde quer ir e como lá quer chegar?

Análise

O objetivo da fase de análise é extrair resultados concretos dos dados recolhidos durante a fase anterior, passando de “o que” os utilizadores querem/pensam/precisam, para “por que” eles querem/pensam/precisam.

Que atividades executamos?

? Interpretar dados – Interpretamos os dados para explicar e entender os dados brutos.

Essa interpretação resume os padrões encontrados nos dados brutos ou conceitos subjacentes que encontram: Principais Insights (persona, ação, necessidade, restrição), Job-to-be-done (situação, motivação, resultado esperado) e User Stories (como persona, ação, resultado)

? Análise funcional – Os analistas funcionais garantem, nesta fase, que o foco está no utilizador, no seu objetivo e na forma como executa as tarefas para o atingir.

? Modelos mentais – A forma como as pessoas constroem os seus modelos mentais é baseada em vários fatores, como experiências passadas, nível de conhecimento e referências culturais. A estrutura de um diagrama de modelo mental divide-se em 2 partes: espaço do problema e espaço da solução.

? Mapa de experiência – Um mapa de experiência é uma versão estendida de um modelo mental e é baseado numa estrutura universal: etapas do ciclo de vida do produto, emoções da experiência dos utilizadores, dados coletados e ideias da equipa de UX.

Projetar a experiência

Esta fase de um projeto de UX é colaborativa e iterativa. A premissa é apresentar ideias a utilizadores reais, obter feedback, refiná-las e repeti-las de forma ágil. Essas ideias podem ser representadas por wireframes interativos ou protótipos funcionais, criados deliberadamente em baixa fidelidade para retardar qualquer conversa relacionada à identidade gráfica, branding ou detalhes visuais.

Que atividades executamos?

? Fluxos de jornadas – ao desenhar um produto digital, precisamos de saber o que se deseja que as pessoas façam e quais as etapas que precisam seguir. Os fluxos de jornadas fornecem um guia, mostrando a sucessão de interações que os utilizadores devem realizar de um destino até à concretização da tarefa; Conhecer os caminhos que se deseja que o utilizador siga informa como um produto precisa ser estruturado; Entender a arquitetura da informação – o nosso cérebro prefere a ordem ao caos.

A arquitetura da informação pega nas funcionalidades de um projeto e coloca-as de forma a que façam sentido para quem as for usar.

A arquitetura da informação pode ser dividida nas seguintes partes:

  • Identificar: De que conteúdo precisamos para contar a história da marca? Quais as peças necessárias para comunicar o que se deseja transmitir?
  • Classificar: Categorizar o conteúdo e projetar a sua distribuição na organização e hierarquia do produto.
  • Mapa: Estruturar e organizar, decidindo como cada conceito ou bloco de conteúdo levará ao próximo.

A arquitetura da informação organiza o conteúdo em hierarquias gerenciáveis. Essa estrutura estabelece como as pessoas irão assimilar as ideias apresentadas numa sucessão lógica.

? Wireframes – a criação de um wireframe fornece um plano alto nível para cada página, com indicadores visuais como linhas, grelhas e caixas mostrando para onde o conteúdo, as imagens, e, outros elementos, irão. Tipicamente, são de baixa resolução com um layout esparso e mínimo.

Seja um simples mapa de caixas, linhas e espaço reservado ou uma representação mais sofisticada, os wireframes fornecem uma estrutura que também serve outra função importante que é a comunicação: são uma poderosa ferramenta visual, possibilitando mostrar a todos, independentemente da função, como o produto será estruturado.

Desenhar o produto

Esta é a fase onde o design de alta-fidelidade é desenvolvido e uma primeira versão do produto é validada com as partes interessadas e os utilizadores finais por meio de sessões de teste de utilização. O papel da equipa de UX muda de criar e validar ideias para colaborar com as equipas de desenvolvimento para orientar e defender a visão.

Que atividades executamos?

? Prototipagem – os protótipos funcionam como uma versão quase totalmente acabada de um projeto.

A navegação, as interações e todos os principais recursos visuais e blocos de conteúdo estarão em vigor. Não é necessário ter todos os elementos, mas tudo o que o utilizador precisa para interagir e experimentar deve estar integrado.

Os protótipos permitem obter feedback e fazer ajustes e edições antes de terminar a definição de UX. Podem ser realizados protótipos de baixa e alta-fidelidade. Os de baixa fidelidade focam-se na função sobre o design visual, enquanto os protótipos de alta fidelidade na aparência da versão final.

? Micro-copyclusters de texto que são responsáveis por moldar uma porção generosa da experiência. O uso eficaz destes textos permite guiar, envolver, sugerir e criar experiências agradáveis.

? Guias funcionais – produzimos guias visuais, de navegação e documentação para fornecer alinhamento com as equipas de UX e Desenvolvimento. Desta forma garantimos que as equipas estão atualizadas sobre quaisquer desenvolvimentos e alterações feitas na estrutura de navegação ou nos recursos visuais.

? Testes de usabilidade – depois de ter um protótipo funcional, é chegado o momento de fazer alguns testes de usabilidade.

Os testes de usabilidade podem ser moderados ou não moderados.

Os testes presenciais (moderados) dão a oportunidade de analisar como as pessoas reagem emocionalmente à experiência, permitem receber feedback não filtrado e perceber o que está a funcionar e o que não está.

Os testes de usabilidade podem acontecer em qualquer ponto durante o processo.

Pensamentos Finais

Como vimos, a experiência ideal é aquela que permite aos utilizadores realizar uma tarefa de forma eficaz, positiva e que termine com uma sensação de satisfação.

Esta premissa é enganadoramente simples: a construção da experiência ideal é uma jornada mais complexa do que à partida se possa pensar – na verdade, é uma jornada de aprendizagens, de tentativa e erro, de sucessos e insucessos e de muitas iterações e evoluções.

Não tem propriamente um início, meio e fim, porque a experiência ideal vai mudando conforme os nossos utilizadores vão, também eles, mudando, sendo por isso iterativa por natureza. A unidade de negócio de UX da Xpand IT está focada na criação de experiências omnicanal que sejam, simultaneamente, úteis e agradáveis para os utilizadores finais e que estejam totalmente adaptadas às necessidades de negócio, objetivos e visão dos nossos clientes.

Leia a primeira parte deste artigo.

Carlos NevesUX Framework: que ferramentas utilizar para criar uma boa experiência
read more

UX Framework: como criar experiências memoráveis

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • A importância da psicologia em UX e da organização de informação;
  • A relação entre comportamentos dos utilizadores e marcas, e a diferença entre as siglas: UI, UX, CX e BX;
  • Como os utilizadores estão no centro de UX.

O processo de UX visa obter melhores experiências num produto digital: molda o cenário, guia as pessoas e oferece-lhes algo que é útil, valioso e afeta a forma como se sentem. Conteúdo, estrutura e navegação unem-se para proporcionar uma experiência memorável. Uma experiência ideal permite aos utilizadores realizar uma tarefa de forma eficaz, positiva e que termine com uma sensação de satisfação. Descubra, então, a UX framework da Xpand IT:

A importância da psicologia em UX

O processo de UX começa com a compreensão dos objetivos do negócio e a melhor forma de chegar a um público-alvo.

Ao compreender a psicologia (comportamental e cognitiva) desse público, é possível proporcionar-lhe uma experiência positiva e memorável.

No campo da Psicologia Comportamental, sabemos que é possível induzir as pessoas a terem determinados comportamentos, submetendo-as a certos estímulos. Em UX isso significa que, por meio de pequenos estímulos na interface, é possível garantir que o utilizador tenha o comportamento esperado.

Portanto, no desenvolvimento de um produto digital é importante levar em consideração qual o comportamento esperado do utilizador e o que se pode fazer para reforçá-lo.

Psicologia Cognitiva é a área que se foca no processo de cognição e de pensamento. Ou seja, abrange temas como atenção, memória, perceção, linguagem, tomada de decisão, entre outros. Os estudos sobre perceção e atenção são dos mais importantes na rotina de desenvolvimento de UX: a perceção é a forma como captamos e interpretamos as informações externas por meio dos sentidos e está relacionada também com a atenção, que trata da priorização que o nosso cérebro proporciona face aos diversos tipos de estímulos.

Além disso, é fundamental que a experiência faça sentido do ponto de vista da estrutura e organização: a mente humana está constantemente à procura de padrões e estes devem fazer sentido para o utilizador.

A relação entre comportamento dos utilizadores e marcas

Por vezes, estamos tão obcecados em satisfazer as expetativas dos utilizadores que não contemplamos a necessidade de nos concentrarmos na marca para a qual estamos a projetar o produto e a experiência. Ou seja, perdemos o foco da linha diferencial entre utilizadores e clientes.

Vale a pena, antes de desmistificar os processos de UX, entender a relação entre a experiência de clientes e utilizadores e a marca num contexto maior: cada elemento da experiência do cliente contribui para a criação de uma melhor experiência de marca.

Então, o que significam e como se relacionam as siglas UI, UX, CX e BX?

UI – USER INTERFACE: O espaço onde ocorrem as interações entre humanos e máquinas.

UX – USER EXPERIENCE: O que sentimos quando interagimos com um produto ou serviço.

CX – CUSTOMER EXPERIENCE: O que acontece quando interagimos com uma marca ou empresa.

BX – BRAND EXPERIENCE: Construir e agregar o significado da marca na vida do consumidor.

UX + CX = BX: A CX abrange as interações do cliente com todas as facetas da marca, o que inclui o produto digital, enquanto a UX é uma parte do cenário macro da CX.

Os utilizadores estão no centro da UX

Como já vimos, a UX preocupa-se com as motivações dos utilizadores:

  • Por que decidiram aceder a um site ou app?
  • De que informações precisam?
  • Que problemas estão a enfrentar?
  • Que soluções procuram para os resolver?

A UX analisa a mente dos utilizadores, projetando uma experiência que lhes dará o que procuram ou precisam, de uma forma simples e direta.

Ao contrário do UI, a UX afasta-se dos elementos visuais e concentra-se em conectar e envolver as pessoas no produto, construindo uma experiência que vá ao encontro das suas expectativas.

A UX deve ser guiada pela empatia

A equipa de UX procura constantemente colocar-se no lugar do utilizador e entender o seu raciocínio lógico. São pesquisadas e descobertas as suas motivações e pontos de dor para entender como todas as peças se encaixam de forma holística, de forma a ajudar as pessoas a atingir os seus objetivos.

É fundamental compreender os seus problemas e a jornada que irão percorrer para chegar onde querem ir. A pesquisa elimina as suposições, permitindo-nos saber os desafios e as expectativas que as pessoas reais têm. A verdadeira empatia não pode existir enquanto não conhecermos profundamente aqueles que desejamos alcançar.

Em conclusão, fica claro que UX é uma área multidisciplinar que engloba 3 características fundamentais:

  • Descobrir e analisar comportamentos e modelos mentais de forma a compreendê-los na sua totalidade e globalidade (doutrina holística);
  • Ter a capacidade de se colocar no lugar do outro para compreender as suas jornadas e pontos de dor, eliminando suposições;
  • Deve ser considerada uma parte fulcral do cenário macro da relação da marca com clientes ou potenciais clientes.

No próximo artigo partiremos deste ponto para detalhar atividades e ferramentas a que recorremos para projetar experiências intencionais e memoráveis que, ao mesmo tempo, atendam objetivos de negócio específicos: Como resolver um problema “the UX way”; Que atividades executamos nos momentos de descoberta, estratégia e análise; Como projetar uma experiência eficaz e desenhar o produto final.

Leia a segunda parte deste artigo. 

Carlos NevesUX Framework: como criar experiências memoráveis
read more

Aplicar ‘Product Thinking’ a UX

A vida é curta demais para construir algo que ninguém quer.

- Ash Maurya in “Running Lean: Iterate from Plan A to a Plan that Works”

UX/UI na Xpand IT

A Xpand IT tem investido nos últimos anos na oferta de serviços UX/UI, o que resultou num crescimento significativo do nosso portfólio HCI (Human Computer Interaction) em software aplicacional B2B e B2C e aplicações móveis em clientes portugueses e estrangeiros.

Os nossos interfaces e design de experiência de utilização, desde sempre baseados no conceito de Design Centrado no Utilizador, estão presentes em praticamente todos os setores de atividade: retalho, banca, telecomunicações, seguros, saúde, transportes, e-commerce, mobilidade, utilidade pública, entre outros.

Estamos preparados para os próximos desafios da experiência de utilização em produtos digitais – por exemplo, propomos e desenhamos cada vez mais CUI (Conversational User Interfaces) – mas deparamo-nos ainda com vestígios de uma mentalidade não totalmente alinhada para o pensamento de produto digital, mais preocupada em desfilar uma enorme quantidade de requisitos funcionais, por vezes totalmente desadequados das necessidades do utilizador final do produto.

A experiência de imediatismo oferecida, sobretudo, pelas aplicações de social media, está a transformar as nossas expetativas em relação à forma como queremos utilizar produtos e serviços digitais. Enquanto UX designers, sentimos necessidade de analisar o ecossistema completo que as marcas e os utilizadores compartilham, para definir como o negócio ainda pode ser relevante num mundo onde o imediatismo é rei.

O Design Centrado no Utilizador – com a sua mentalidade de trazer os utilizadores para o processo de design – existe para reduzir as lacunas entre quem cria um produto e quem o está a usar.

A equipa de UX da Xpand IT está focada em encontrar essas lacunas, preveni-las e eliminá-las.

Pensar o produto

Na sua abordagem tradicional, o design de UX/UI tem-se concentrado nas funcionalidades de um produto digital: qual o aspeto do interface (UI) e como os utilizadores interagem com ele (UX).

No entanto, um conjunto de funcionalidades é apenas uma pequena, frágil, parte de um produto: são algumas das muitas soluções possíveis para o problema que o produto tenta resolver.

Não é que as funcionalidades não sejam importantes, mas geralmente são secundárias em relação ao motivo pelo qual as pessoas usam um produto. Essa razão é simples: o utilizador usa o produto para resolver um problema específico do mundo real.

Na prática, isso significa que temos de compreender o produto primeiro. Uma funcionalidade pode (ou não) ser uma parte útil de um produto, mas sem o produto, essa funcionalidade poderá ser desperdiçada.

Por exemplo, a app da Uber é frequentemente usada como uma boa referência de design de experiência do utilizador: uma das funcionalidades que cria mais empatia é a contagem regressiva que informa o tempo que resta até à chegada do carro, o que certamente é conveniente e está relacionado com o objetivo da aplicação. Mas o que torna a Uber tão atraente é a capacidade de obter rápida e facilmente um transporte na sua área a qualquer hora. Mesmo que a funcionalidade de contagem regressiva não existisse, a aplicação ainda seria útil. Por outras palavras, a Uber foi pensada tendo em mente o objetivo do produto, não os recursos que o acompanham.

A aplicação de Product Thinking à experiência do utilizador tem tido uma adesão global pelos UX designers e ganhou dimensão quando profissionais de reputação internacional – como o alemão Nikkel Blaase – a trouxeram para uma esfera mais alargada de divulgação pública. A propósito, esta talk poderá ser um bom ponto de partida para aprofundar o tema.

Definir o produto

De um modo geral, as empresas tendem a assumir que quantas mais funcionalidades houver, mais utilidade terá o produto. Que quanto mais abrangente for o público-alvo, mais pessoas irão utilizá-lo. Que quanto mais cenários de uso forem mapeados, mais ele estará presente na vida das pessoas.

O que não é necessariamente verdade: o que não faltam por aí são produtos com toneladas de funcionalidades que não são usados por ninguém.

Um erro muito comum é começar imediatamente por desenhar algum tipo de interface.

Mas, se o problema do utilizador não está ainda identificado, porque é que se está já a pensar em funcionalidades e interfaces?

É justamente neste ponto que muitos produtos digitais falham: quando tentam resolver um problema que não existe.

Entender a fundo o problema, quem é o utilizador e de que forma o produto irá resolver esse problema, precisa de vir antes da solução que será encontrada para o resolver.

No entanto, o processo de criação de produtos digitais tem tendência a ser um pouco caótico: dentro de uma empresa são diversos os departamentos, áreas e negócios que têm opiniões diferentes sobre aquilo que o produto deve ser, para quem deve ser desenhado e, principalmente, que funcionalidades deve conter.

Deve-se, por isso, realizar uma reflexão profunda para definir com clareza o âmbito e os requisitos de um produto digital:

  • Porque estamos a investir neste produto? Qual a oportunidade de negócio em criar este produto? Que dados e estatísticas comprovam que o produto é viável?
  • O que é o produto? Qual a sua principal funcionalidade? Como se destaca da concorrência?
  • Para quem se vai criar o produto? Qual o perfil do utilizador típico? Que comportamentos ou necessidades específicas desse utilizador devem ser tidos em conta?
  • Onde e quando o produto será usado? A que horas e com que frequência? Em casa, no trânsito, no trabalho? É um produto de uso constante ou algo para usar uma vez só?
  • Como queremos que as pessoas usem o produto? O que queremos que as pessoas sintam ao utilizá-lo? Que problemas queremos resolver?

Encontrar a resposta correta a estas perguntas constitui a estratégia básica da definição de um produto e provoca alinhamento entre as várias áreas de negócio das empresas. Este processo, quando bem conduzido e auxiliado por designers UX, traz enormes vantagens:

  • Construir funcionalidades e interfaces corretas para o utilizador.
  • Entender a experiência como um todo, não apenas a camada visual e de interação que o utilizador verá.
  • Garantir que o produto resolve problemas reais dos utilizadores.
  • Mitigar o risco de construir algo que ninguém queira usar, ou que não dure por muito tempo.

Conclusão

Quando este tipo de pensamento sobre o produto faz parte do processo desde o início, os designers UX podem fazer as perguntas certas, comunicar com mais eficiência e sugerir as funcionalidades mais adequadas.

É fácil ficar atolado em funcionalidades infinitas e ignorar algumas das partes importantes do processo de design.

Evite as potenciais armadilhas de se concentrar apenas nas funcionalidades, em vez da usabilidade do produto, tornando o pensamento do produto parte do processo de design UX da aplicação móvel ou web. Não há nada de errado com as funcionalidades, mas elas não devem tornar-se mais importantes do que o objetivo real do produto.

Tenha isso em mente e o resultado final será um produto digital criado, testado e personalizado para o público-alvo definido, com maiores probabilidades de se tornar indispensável e tornar a vida dos utilizadores mais fácil.

Carlos Neves

Senior Ux & UI Consultant, Xpand IT

Carlos NevesAplicar ‘Product Thinking’ a UX
read more