Filipa Moreno

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Digital Xperience Evangelist - Xpand IT

Mais poder para si: como automatizar tarefas sem programar

De acordo com o dicionário, automação é a “execução automática de tarefas sem intervenção humana intermediária” e já todos ouvimos falar como a automação pode ser crucial na transformação das empresas. O argumento para a crescente automatização de processos internos das empresas encaixa num discurso mais abrangente de transformação digital, que defende que as empresas estão gradualmente a completar a transição para infraestruturas digitais, investindo em tecnologia e melhorando as suas capacidades internas por forma a conseguirem obter otimizações que, muitas vezes, têm reflexão nos serviços que prestam a clientes externos.

São reconhecidos inúmeros benefícios para a adoção de automação nas organizações: a poupança de tempo, criação de eficiências operacionais, a melhoria consistente na qualidade dos processos devido à redução do erro humano e até uma potencial maior satisfação dos colaboradores que usualmente têm que repetir as mesmas tarefas inúmeras vezes no mesmo dia e semana – e que podem muitas vezes ser alocados a tarefas onde podem aportar mais valor para a organização. A adoção de automação é efetivamente crucial no que toca à criação de eficiências internas que podem fazer toda a diferença no dia a dia das organizações.

No entanto, a adoção destas tecnologias envolve, numa primeira instância, um investimento não só na tecnologia que permite esta automação, mas também no desenvolvimento de casos de uso a implementar e estes dois fatores podem, frequentemente, constituir barreiras à adoção deste tipo de tecnologias de forma generalizada nas empresas. Então, como automatizar tarefas sem programar?

É precisamente para responder a estas barreiras que várias soluções low-code/no-code tem vindo a ganhar espaço no mercado, incluindo o Power Automate (um dos componentes da Microsoft Power Platform).

Como automatizar tarefas: o que é o Power Automate?

O Power Automate é um dos quatro componentes da Power Platform e o seu propósito é automatizar, de forma rápida e segura, processos de negócio, garantindo que as organizações conseguem aumentar a sua produtividade tanto em tarefas individuais como na automatização em escala de processos de negócio críticos para a sua atividade. A grande vantagem desta ferramenta é, sem dúvida, o facto de não ser necessário qualquer conhecimento de programação para se construir os fluxos de automação. Sejam estes mais simples ou mais complexos – tirando partido da tecnologia de RPA (Robotic Process Automation), por exemplo – qualquer pessoa tem o poder de criar os seus próprios automatismos sem ter que escrever uma linha de código.

Para além das funcionalidades já referidas, esta ferramenta oferece-nos igualmente a possibilidade de construir fluxos inteligentes, isto é, conseguimos incorporar capacidades de Inteligência Artificial (IA) para cumprir determinados objetivos. Uma vez mais, tal é possível sem ser necessário qualquer conhecimento acerca desta tecnologia que é inerentemente complexa e que está, tipicamente, apenas acessível a perfis técnicos.

Automação inteligente: o futuro

Como podemos então integrar Inteligência Artificial nos nossos fluxos de trabalho, tornando-os cada mais inteligentes e confiando na tecnologia para nos ajudar a ser ainda mais produtivos? Conseguimos fazê-lo tirando partido de um dos componentes da Power Platform, o AI Builder.

Com o AI Builder, é possível construir modelos com diferentes propósitos e que se adaptam a cenários distintos. Atualmente, são já 12 modelos pré-construídos que o AI Builder oferece: temos exemplos como análise de sentimentos, cenários preditivos, deteção de objetos, leitores de cartão de visitas ou até mesmo processamento de recibos. Estes são modelos que tiram partido de diferentes vertentes da tecnologia da IA e que podem ser integrados nos nossos workflows por forma a automatizar muitas tarefas repetitivas que constantemente temos que realizar no nosso dia a dia.

Imaginemos, por exemplo, que uma equipa de vendedores necessita de apresentar os recibos que vai acumulando ao longo do tempo com as suas sucessivas deslocações. Ao invés de ter que estar a analisar todos esses recibos manualmente, podemos utilizar o modelo de processamento de recibos para que seja mais fácil recolher os dados necessários para realizar o reembolso aos colaboradores. Com este modelo, é possível que cada colaborador tire apenas uma fotografia aos seus recibos sendo automaticamente recolhidas, através de IA, as informações relevantes presentes nesse documento, seja a data da transação, o nome e quantidade do item comprado ou, claro, o valor total do recibo. Conseguimos fazer exatamente a mesma operação com faturas que cheguem através de email de diferentes fornecedores utilizando o modelo de processamento de faturas.

Para dar mais um exemplo, com o modelo de análise de sentimentos poderemos implementar um outro caso de uso. Suponhamos que uma marca de retalho tem interesse em perceber de forma rápida qual é o sentimento geral dos seus clientes após terem sido atendidos no serviço após-venda. Ao analisar o texto redigido pelo cliente, este modelo de IA conseguirá analisar se o sentimento do cliente é positivo, negativo, misto ou neutro. Com esta informação, passamos a garantir um acompanhamento mais personalizado dos nossos clientes, para garantir que a sua experiência é a melhor possível.

Próximos passos

O potencial para automatizar tarefas diárias com recurso a Inteligência Artificial é ilimitado e já temos ao nosso dispor tecnologia que nos permite dar um passo em frente na modernização destes vários processos. Para conseguir dar esse passo, é essencial que identifique um caso de uso onde seja possível dar uso a esta tecnologia: só assim conseguirá analisar o real impacto da automação no seu quotidiano e na melhoria das operações internas da empresa onde se enquadra. Se precisa de ajuda para dar esse passo, nós podemos ajudar: o Low-Code Assessment que a equipa da Xpand IT construiu para si visa precisamente enquadrar a melhor solução possível para os desafios que a sua organização tem de ultrapassar, e os nossos experts irão explicar-lhe como automatizar tarefas sem programar.

O futuro já chegou. Não o deixe escapar.

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Microsoft Power Platform: por onde começar? Nós ajudamos!

A revolução de plataformas low-code/no-code tem vindo, ao longo dos últimos anos, a ganhar tração em diferentes empresas e indústrias, pois o seu potencial disruptivo começa a ser reconhecido. Prova disso mesmo são as projeções que tanto a Gartner como a Forrester já fizeram sobre este tipo de plataformas. A Gartner estima que cerca de 65% das aplicações desenvolvidas até 2024 será feita com recurso a plataformas low-code/no-code. Adicionalmente, a Forrester indica que estas plataformas podem ajudar as organizações a reduzir em 74% o custo que têm com o desenvolvimento “tradicional” de aplicações. Mais impressionante ainda são os relatórios da Forrester Wave que indicam ainda que o mercado de low-code irá ultrapassar os 21 mil milhões de dólares em gastos até 2022.

Estas são estatísticas importantes que revelam o verdadeiro potencial destas plataformas e como estas podem ser ferramentas diferenciadoras e cruciais na forma como as empresas endereçam as suas jornadas de transformação digital, em particular para cenários internos. Este tipo de soluções, no fundo, permite que perfis não técnicos, os intitulados “citizen developers”, consigam de uma forma ágil e rápida construir aplicações, fluxos de trabalho, relatórios de análises ou até mesmo chatbots sem estarem dependentes dos departamentos de TI ou sem terem que ter conhecimento técnico de programação ou de tecnologias mais complexas, como é o exemplo da Inteligência Artificial.

Atualmente, já são várias as plataformas low-code/no-code que existem e uma das líderes de mercado deste segmento (de acordo com o Magic Quadrant da Gartner) é a Microsoft Power Platform.

Power Platform: o que é?

A Microsoft Power Platform, para quem ainda não a conhece, é a plataforma de low-code da Microsoft e é composta 4 produtos com propósitos distintos:

  • Power Apps: permite que utilizadores de negócio consigam desenvolver aplicações que podem ser usadas em modo mobile ou web, sem serem necessários conhecimentos de programação;
  • Power BI: permite ter acesso a ferramentas de visualização de dados, onde é possível construir dashboards e relatórios visualmente apelativos;
  • Power Automate: tem como objetivo a automatização de processos de negócio ou até mesmo o enriquecimento das aplicações construídas em Power Apps com lógica de negócio;
  • Power Virtual Agents: possibilita a construção de bots e de fluxos de conversação apenas com o conhecimento da conversa que se pretende manter com os utilizadores.

Além dos produtos mencionados acima, a plataforma conta ainda com componentes como o AI Builder que permite tirar partido de Inteligência Artificial em diferentes vertentes. Podemos, por exemplo, criar um modelo que aprende a reconhecer campos específicos de um documento partindo de um conjunto de documentos originais, ou mesmo identificar objetos existentes em imagens – tudo isto através de uma interface altamente funcional e desenhada para que utilizadores não-técnicos possam tirar partido das potencialidades da tecnologia.

Agora que já conhece a plataforma, reconhecemos que o mais difícil passa, por vezes, perceber por onde se deve começar e em qual dos componentes apostar.

Power Platform: por onde começar?

Antes de adotar a Power Platform, existem três coisas a que precisa de saber responder para que possa iniciar a jornada de transformação digital da sua organização:

  • Qual é a sua necessidade?

A jornada começa aqui: que necessidades tem a sua organização? A que desafios é mais urgente responder? Precisa de construir uma aplicação interna, substituir um ficheiro Excel que está constantemente a ser partilhado entre utilizadores? Quer construir um chatbot que apoie o seu Departamento de Recursos Humanos? Precisa antes de automatizar processos de negócio que são críticos e que ainda estão dependentes de humanos para a sua concretização ou pretende analisar dados de negócio por forma a conseguir tomar melhores decisões? Antes de perceber qual é o componente da Power Platform mais indicado para a sua necessidade, precisa de clarificar o melhor possível as necessidades que a empresa tem. Caso contrário, não conseguirá clarificar o propósito de adoção da plataforma e, sem propósito, o investimento não terá orientação e os projetos não irão ter sucesso.

  • Consegue identificar um use case?

Assim que saiba de forma clara quais são as necessidades e os desafios a que a sua organização pretende responder em primeiro lugar, já conseguirá perceber qual será a componente da Power Platform que mais se adequa àquilo que precisa. Neste momento, é importante identificar o use case e tentar perceber como é que a Power Platform o vai ajudar a concretizar os objetivos. Consegue já identificar um processo específico que fosse beneficiar de capacidades de automação? Se precisa de construir uma aplicação, como é que os seus colaboradores conseguem atualmente realizar essa tarefa? Se pretende construir um chatbot, sabe que tipo de questões este tem que responder? Por fim, se precisa de analisar dados, já sabe que dados precisa de examinar e em que sistemas estes vivem? Refletir sobre os seus possíveis use cases para a tecnologia vai ajudá-lo a concretizar melhor a visão que tem para a solução que quer construir e será importante para ajudar a tornar essa visão realidade.

  • Que sistemas/tecnologias já estão ao seu dispor?

Por último, é importante fazer uma análise transversal aos sistemas e/ou tecnologias que já se encontram em utilização na sua organização, e que possa utilizar no seu use case. Em muitas organizações já é possível aceder aos vários componentes da Power Platform, por isso confirme se este é o seu caso e, se sim, lance mãos à obra. Se necessário, é muito simples subscrever os produtos online, em regimes de trial, por forma a conseguir desenvolver o seu primeiro projeto. Para ganhar mais conhecimento, assista a workshops, a webinares ou conheça ainda soluções que já tiram partido desta tecnologia. O importante é começar a explorar!

E agora?

Ainda assim, se mesmo depois de explorar a tecnologia, de consultar diversos conteúdos e de perceber quais as suas necessidades, sentir que precisa de apoio especializado para perceber qual será a melhor solução para a sua empresa, um bom primeiro passo será preencher o Power Platform Assessment que a nossa equipa preparou para si. Desta forma, conseguirá obter recursos e aconselhamento personalizado dos nossos Xperts, especialistas nesta tecnologia.

Na Xpand IT, a unidade de Digital Xperience tem-se focado no desenvolvimento de soluções em Power Platform, ajudando as empresas a tirar partido dos seus diversos componentes e acelerando a sua transformação digital. Em 2020, recebeu a distinção de Parceiro do Ano em Power Apps & Data Analytics da Microsoft Portugal. Por todas estas razões, pode contar connosco para o apoiar nos seus projetos – basta entrar em contacto para o email: [email protected].

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LEO: automação para departamentos financeiros

Automação é uma das grandes tendências tecnológicas dos últimos tempos e é um “hot topic” para diferentes indústrias. Mas esta palavra não é apenas uma moda passageira. Muito pelo contrário. É uma tendência que tem o potencial para revolucionar qualquer empresa e qualquer indústria. Automação faz parte do futuro das empresas: as empresas que não apostarem em automação vão perder vantagem competitiva face àquelas que apostarem nesta tecnologia para melhorar os seus processos internos, criarem eficiências internas e automatizarem tarefas que estão ainda dependentes de recursos humanos. Desta forma, as empresas conseguem libertar tempo precioso dessas mesmas pessoas para que estas se consigam focar em temas mais estratégicos para a empresa.

Pode ser surpresa para alguns, mas a verdade é que o potencial de automação é, a esta altura no tempo, quase ilimitado. De acordo com a McKinsey, 60% de todas as profissões têm, pelo menos, 30% de atividades que podem ser automatizadas, enquanto que 50% das atividades têm a possibilidade de ser automatizadas com tecnologia que já temos atualmente ao nosso dispor. Adicionalmente, atividades do foro financeiro têm, de acordo com a mesma consultora, um potencial de automação de 47%. Tarefas estas, mais especificamente, que incluam processamento de dados é onde o potencial de automação é mais notório.

Conhece algum departamento cujo dia a dia seja lidar com inúmeros documentos que necessitam de ser processados e interpretados? Um departamento cujos processos fossem beneficiar de automação em escala? Damos-lhe mais uma pista: todas as empresas precisam de um departamento destes. Já adivinhou? Pois é, estamos a falar de automação para departamentos financeiros.

Automação para Departamentos Financeiros

Foi precisamente a pensar nas necessidades dos departamentos Financeiros que criámos o LEO – Accounting Assistant e esta foi  uma das duas soluções que a Xpand IT apresentou no Teams Partner Challenge, uma competição anual promovida pela Microsoft para os seus parceiros. O LEO é uma solução suportada em Power Automate e em Microsoft Teams, cujo propósito é ajudar a automatizar e digitalizar rotinas diárias deste departamento como, por exemplo, o processamento de faturas.

Sabemos que todos os departamentos Financeiros precisam de processar uma quantidade abismal de documentos e, como tal, o LEO está preparado para ajudar as equipas financeiras e libertar-lhes tempo precioso para que estas se foquem noutras tarefas mais complexas.

O processo de automação para departamentos financeiros começa quando uma nova fatura chega à caixa de email: o LEO lê o email, verifica se este cumpre com as condições pré-estabelecidas (se foi enviado para o email da equipa de contabilidade, se tem determinado conteúdo na linha do assunto, entre outros critérios – por exemplo, se tem um anexo) e caso essas condições se verifiquem, irá processar a fatura com recurso ao AI Builder. Com o AI Builder, construímos e treinamos modelos que conseguem reconhecer campos relevantes dos documentos analisados como, por exemplo, o valor, o período de faturação e o nome do fornecedor. Quando lidamos com faturas um dos dados mais importantes a analisar é o valor e, como tal, precisamos que a fatura seja aprovada antes de ser inserida nos sistemas da organização. Este pedido de aprovação é enviado via Teams para a equipa de contabilidade, onde um membro a deverá aprovar.

Tendo a fatura sido aprovada e com os dados extraídos pelo AI Builder, passa a ser possível robotizar todo o processo de inserção dessa fatura nos sistemas da organização. Tirando partido da tecnologia de RPA (Robotic Process Automation) que o Power Automate disponibiliza, conseguimos que a fatura seja inserida e processada em alguns segundos de forma automática sem ser necessária a intervenção de qualquer pessoa. Por fim, as equipas financeiras também podem contar com a ajuda do LEO enquanto chatbot: o LEO tem capacidade para responder a uma série de perguntas relacionadas com as faturas que já estão aprovadas, dar uma visão de quais foram as faturas rejeitadas ou aprovadas na última semana, entre outras questões relevantes.

Assista ao vídeo de demonstração:

Teams Partner Challenge promovido pela Microsoft continua, ao longo dos anos, a permitir-nos desafiarmo-nos a nós próprios a construir soluções relevantes, não apenas para o contexto atual em que vivemos, mas também para capacitar as empresas com soluções mais digitais e mais resilientes.

Gostava de ter o LEO – Accounting Assistant na sua organização? Contacte-nos para que o possamos ajudar a concretizar essa visão:

Filipa MorenoLEO: automação para departamentos financeiros
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O processo de onboarding com Microsoft Teams (e automatização!)

Não existe qualquer dúvida que o último ano tem sido um ano de adaptação: adaptação a modelos flexíveis de trabalho, adaptação a diferentes rotinas e horários e, finalmente, adaptação ao distanciamento físico. A transição para um modelo de trabalho remoto tem sido, nos últimos meses, a nova realidade para muitas empresas e equipas. As equipas tiveram que arranjar novas formas de colaborar produtivamente e diferentes áreas sentiram necessidade de reinventar muitos dos seus processos.

Uma das áreas que teve que se reinventar durante este período foi a área de Recursos Humanos. Todos sabemos que algumas atividades cruciais para este departamento eram ainda dependentes de presença física nos escritórios e, em muitos casos, envolviam diversas tarefas manuais que dependiam de intervenção humana. Consideremos, por exemplo, as entrevistas de emprego ou até mesmo o processo de onboarding de um novo colaborador.

Em muitas empresas, o processo de integração de um novo colaborador pode ser uma realidade algo complexa e envolve, frequentemente, uma mistura entre processos desconetados, processos manuais e informação distribuída em diferentes sistemas da organização. E, muito frequentemente também, a digitalização e automatização deste processo era adiada devido à falta de tempo e recursos internos. No entanto, nos tempos que correm, a não modernização deste processo não é uma opção. Numa realidade cada vez mais digital onde os modelos híbridos de trabalho serão norma, é crucial garantir que a integração de novos colaboradores possa ser realizada digitalmente de forma igualmente eficaz e envolvente.

Novos tempos, novas soluções: processo de onboarding digital

Identificar o desafio e construir uma solução que endereçasse as necessidades dos departamentos de Recursos Humanos nesta nova realidade foi o ponto de partida para a equipa da Xpand IT participar no Teams Partner Challenge, uma competição anual promovida pela Microsoft para os seus parceiros.

Assim nasceu o POM (Power Onboarding Manager), uma solução que tem como objetivo simplificar e digitalizar o processo de onboarding de novos colaboradores, suportado por diferentes componentes da Power Platform e pelo Microsoft Teams. O POM permite que as organizações otimizem os seus investimentos e incentiva a criação de eficiências internas para o departamento de Recursos Humanos, não só através da redução de documentos, mas também na criação de sinergias entre as equipas de recrutamento e as equipas que estão responsáveis pela integração dos novos colaboradores.

Num primeiro momento em que o futuro colaborador aceita uma proposta, o objetivo é que a nossa solução facilite o processo burocrático de recolha de dados pessoais de uma forma rápida, fácil e segura. Através da submissão de um formulário, diferentes processos automáticos são despoletados para que os acessos do novo colaborador e o cumprimento de diferentes requisitos legais seja realizado por parte de diferentes departamentos.

Concluída a primeira fase, o processo fica centralizado no Microsoft Teams, como hub colaborativo. Já depois de ter recebido o hardware em sua casa e de ter acesso às aplicações que necessita, o colaborador terá acesso a um canal de onboarding no Teams, onde encontrará uma aplicação Power Apps onde terá todas as informações que necessita para se integrar na empresa: contactos de outros colegas, quem é o seu buddy, os próximos eventos (como a sessão de onboarding ou a sessão de integração com a unidade de negócio que integra) ou o HR Bot, cuja missão é responder às perguntas mais frequentes feitas pelos novos colaboradores, tal como “onde devo preencher as timesheets?”, “como acedo à intranet?”, “como posso marcar as férias?”, entre outras.

Assista ao vídeo de demonstração:

O Teams Partner Challenge promovido pela Microsoft continua, ao longo dos anos, a permitir-nos desafiarmo-nos a nós próprios a construir soluções relevantes, não apenas para o contexto atual em que vivemos, mas também para capacitar as empresas com soluções mais digitais e mais resilientes.

Gostava de modernizar o seu processo de onboarding e ter o POM na sua organização? Fale connosco:

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5 questões que precisa de responder para criar soluções Azure

São inúmeros os artigos, os blogposts e outro tipo de conteúdos que falam sobre a cloud: desde os benefícios que esta tecnologia oferece às empresas à desmistificação de mitos perpetuados, de como tirar maior partido da tecnologia ou até de como otimizar aplicações existentes. É inegável o papel de relevância que a cloud tem, atualmente, na realidade das empresas.

De facto, o tema continua a ser tão relevante que, de acordo com um recente inquérito realizado pela IDC, as organizações mostram uma inclinação forte em aumentar os investimentos em serviços de cloud no ano de 2020. Por outro lado, a situação pandémica atual, resultou numa crescente digitalização das empresas, onde o elemento cloud se revelou ser crucial, dado os benefícios que este apresenta para as empresas que foram obrigadas a adaptar-se digitalmente da noite para o dia. As exigências ao nível das infraestruturas aumentaram de forma muito significativa e o número de trabalhadores que começaram a trabalhar remotamente cresceu. Adicionalmente, ficou claro que as empresas têm que oferecer versões digitais dos seus serviços aos consumidores.

No entanto, com o número de opções distintas que estão disponíveis, pode ser algo difícil perceber por onde começar: quer seja uma empresa que já adote esta tecnologia em algumas partes do seu negócio e pretende otimizá-la ou mesmo uma empresa que ainda não adotou a cloud e está a pensar em fazê-lo, é importante fazer uma análise interna do negócio que ajude a clarificar os objetivos e propósitos a que se quer responder ao utilizar este tipo de tecnologia.

As 5 perguntas que precisa fazer para criar soluções Azure

Existem 5 coisas que precisa clarificar por forma a perceber por onde começar a sua jornada de transformação digital na cloud com o maior número de informação possível:

1) Qual é a sua necessidade?

Antes de avançar para o desenvolvimento de soluções que tirem partido da tecnologia, comece por se perguntar qual é a sua necessidade. Quer modernizar uma solução já existente, quer construir uma solução de cloud nativa, quer construir uma plataforma de dados ou ainda não sabe bem a que necessidade do seu negócio precisa de responder? Este é o primeiro passo que necessita de dar antes de sequer começar a pensar em desenvolver um projeto de migração para a cloud. Sem a resposta a esta pergunta, o propósito do investimento não ficará claro – nem os moldes em que deve fazê-lo.

2) Que tipo de solução procura?

Em segundo lugar, é preciso também perceber que tipo de solução procura: será que procura uma app web, uma app mobile, um business backend, uma streaming app ou está à procura de uma outra solução? Eventualmente, poderá chegar à conclusão que aquilo que a sua empresa necessita neste momento é mesmo um agregado destes elementos. Ter uma noção mais clara da necessidade que precisa de responder e do tipo de solução que poderá ajudar a cobrir tal necessidade, será um passo importante a dar na sua jornada de migração para a cloud.

3) Qual é o seu objetivo de negócio?

Já depois de ter percebido a que necessidade pretende responder e também que tipo de solução procura dentro do universo de tecnologia cloud, é também fundamental refletir sobre o objetivo de negócio que deseja concretizar. Aqui é o momento onde poderá, finalmente, cristalizar a visão que tem para o seu negócio e como é que esta tecnologia o poderá ajudar a concretizá-la. Comunicar essa visão de forma clara e inequívoca irá ajudar a que os especialistas estejam alinhados consigo para conseguir torná-la realidade.

4) Que tecnologias utiliza atualmente/quer vir a utilizar?

Independentemente da necessidade a que quer responder, seja por exemplo, modernizar uma solução existente, construir uma plataforma de dados ou mesmo construir uma solução de cloud nativa, é importante que tenha em conta as diferentes tecnologias que já utiliza e/ou que quer vir a utilizar, por forma a analisar qual será o impacto que essas tecnologias terão ao iniciar a sua jornada cloud. Quanto mais cedo se analisar as possíveis limitações ou obstáculos ao cumprimento dos nossos objetivos, mais eficientemente conseguiremos arranjar estratégias para os ultrapassar.

5) Quais são os principais drivers da empresa?

Por fim, mas não menos importante, é também crucial clarificar quais são os principais drivers da empresa. Que tipo de elementos são cruciais na atividade global da empresa e quais querem priorizar acima de todos os outros? Serão os custos, a performance, a escalabilidade ou outros? Por forma a garantir que a solução que é construída é altamente personalizada e focada nas necessidades individuais de cada empresa, é relevante ter visibilidade sobre que tipo de indicadores a empresa se quer guiar. Apenas desta forma será possível chegar a uma solução que endereça todos os desafios e oportunidades a que a empresa deseja responder.

O que acontece depois? Próximos passos

Mesmo depois de ter respondido a todas estas questões, pode – ainda assim – ser desafiante perceber qual será a melhor solução cloud ou qual será a melhor combinação de recursos para a sua necessidade específica. Por tal, a Xpand IT desenhou uma ferramenta intitulada Cloud Assessment Tool cujo objetivo é o de fazer uma breve avaliação por forma a que a nossa equipa de especialistas consiga ajudar as empresas a perceber o que já estão a fazer bem, que áreas pode melhorar e, finalmente, dar visibilidade às organizações sobre a melhor combinação de recursos dentro da especificidade do seu negócio e dos desafios que tem para responder.

Na Xpand IT, a unidade de Digital Xperience há já muitos anos que se foca no desenvolvimento de soluções baseadas em tecnologia cloud, nomeadamente Microsoft Azure. Todas as soluções que temos vindo a desenvolver ao longo dos anos tiram partido de uma variedade de componentes que são entre si combinados para construir a melhor solução possível: App Services, API Management, Cosmos DB, Cognitive Services, entre outros. A nossa experiência nestas tecnologias e, particularmente, em Microsoft Azure não deriva apenas do desenvolvimento de iniciativas de soluções nativas em cloud, mas também da reengenharia de soluções existentes, onde ajudamos os nossos clientes a tirar o máximo partido desta tecnologia e de todos os seus componentes.

Complete o nosso Cloud Assessment e dê um passo em frente na sua jornada de transformação digital.

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Chatbots: como podem ajudar o seu negócio a funcionar à distância

Os chatbots são um conceito já bem conhecido por todos nós. É até bastante provável que muitos de nós já tenhamos interagido com um chatbot durante o nosso quotidiano – seja na rede social Facebook, no Whatsapp, em aplicações móveis, em websites ou até mesmo em SMS. Estes assistentes virtuais têm-se tornado, nos últimos anos, ferramentas de suporte às empresas muito populares.

De facto, por estes simularem a conversação humana – tanto escrita como falada – acabaram por se tornar aliados perfeitos para os negócios, qualquer que seja a indústria onde estes estejam integrados. Esta ascensão de popularidade dos chatbots é devida sobretudo às expetativas dos consumidores de conseguirem usufruir de uma experiência digital 24/7, sem terem que limitar a sua interação com as marcas a horários de funcionamento ou à disponibilidade de linhas telefónicas, por exemplo.

Na Xpand IT há já alguns anos que estamos envolvidos em diferentes projetos relacionados com o desenvolvimento de chatbots e, como tal, entendemos a importância que estas ferramentas têm para qualquer negócio. Reflexo da nossa experiência, escrevemos um playbook sobre chatbots onde explicamos, em detalhe, o que é um chatbot, quais são os diferentes tipos de chatbots e como estes são aplicáveis a diferentes realidades empresariais, sem esquecer as vantagens que se pode obter em implementar estes assistentes virtuais.

Abordagens de implementação de um chatbot

Os chatbots são ferramentas que, em qualquer momento, garantem que a empresa está próxima, acessível e disponível para responder às solicitações dos seus consumidores – sejam estes chatbots mais simples, preparados para, por exemplo, responder às perguntas mais frequentes dos clientes ou chatbots mais complexos, que consigam tirar mais partido das tecnologias de Inteligência Artificial ao longo da interação com o cliente. Seguimos duas abordagens diferentes para implementação deste tipo de canal digital:

  • Abordagem programática, onde é possível construir bots à medida e de uma forma altamente personalizada de acordo com as necessidades da empresa – tanto a nível funcional como de UX/UI;
  • Abordagem low-code, onde, tirando partido da Power Platform da Microsoft e através dos Power Virtual Agents, conseguimos construir um bot sem ser necessário conhecimentos de programação ou de Inteligência Artificial.

Independentemente da abordagem de implementação que utilizemos, os chatbots estão a tornar-se ferramentas essenciais para qualquer negócio, mas em momentos de disrupção como é aquele que agora atravessamos, tornam-se muito mais importantes na medida em que podem aliviar e ajudar a empresa a lidar com uma procura inesperada de apoio por parte dos consumidores. Este suporte ao cliente garante que este não é deixado sem qualquer resposta durante períodos de necessidade.  De facto, esta é uma ferramenta que pode fazer a diferença em cenários que são absolutamente críticos (por ex. ajudar a libertar os contact centers, para que os colaboradores consigam estar disponíveis para atender quem realmente necessita de ajuda).

100% digital é o novo normal

Não é novidade nenhuma que, nos tempos que correm, a grande maioria das empresas e seus respectivos funcionários estão a trabalhar remotamente, tendo sido necessário que adaptassem o seu funcionamento normal para conseguirem manter-se activos durante este período. Esta é, de facto, a nova normalidade para um número crescente de países e o que esta nova normalidade nos mostra é que se torna cada vez mais essencial que as empresas estejam preparadas para manter as suas operações à distância, na eventualidade de catástrofes (sejam elas de que natureza forem) ou de qualquer outra alteração no contexto social, político ou económico que ocorra à escala nacional ou global.

Se até antes deste cenário pandémico advogávamos a importância dos canais digitais para qualquer empresa que desejasse manter-se próxima e quisesse acompanhar as expectativas e necessidades dos seus clientes, agora – num momento em que todos admitimos que o mundo está a mudar – torna-se cada vez mais óbvio que o novo normal é o digital. As empresas que estejam preparadas digitalmente, com canais apropriados para tal, são aquelas que melhor preparadas estarão para resistir ao impacto económico e social de todas as mudanças pelas quais estamos a passar.

Ser uma empresa ágil não é apenas ter o conhecimento ou os recursos apropriados para conseguir entender a constante imprevisibilidade dos mercados, das necessidades dos consumidores, as suas mudanças de comportamento e até mesmo a constante inovação tecnológica. Ser uma empresa ágil implica encontrar soluções criativas, novos caminhos e novas ferramentas que nos permitam agir – em tempo útil – de forma relevante em momentos de incerteza. Essas capacidades, não só de preparação, mas também de acção, são o que muitas vezes decidem a sobrevivência de umas empresas e não de outras.

Os momentos de incerteza podem-se tornar momentos fulcrais para qualquer empresa ou para qualquer negócio, na medida em que, muitas vezes, tornam-se oportunidades para reinventarmos processos internos que dão origem a novas formas de pensar e agir não apenas no foro interno na empresa, mas também para fora. No nosso entender, são oportunidades para também reinventarmos a forma como interagimos e como trazemos valor para o dia-a-dia dos consumidores. E aquilo que um chatbot permite fazer é exactamente isso.

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Inteligência Artificial: de buzzword à prática

A Inteligência Artificial veio definitivamente para ficar. Uma tecnologia que começou por ser uma buzzword está agora efetivamente em prática em diversas organizações e indústrias. Não só a Inteligência Artificial tem um potencial imenso para mudar a forma como as organizações trabalham, mas também a forma como, nós, os utilizadores, interagimos com as mais diversas soluções digitais. O termo Inteligência Artificial já não é recente, mas tem, nos últimos anos assistido a um crescimento sem precedentes, que faz notar a credibilidade e valor que organizações e indivíduos, a cada ano que passa, dão a esta tecnologia. Conheça a minha visão sobre Inteligência Artificial: de buzzword à prática (e um exemplo concreto!).

Inteligência Artificial, na sua definição mais simples, consiste na possibilidade de dotar máquinas e dispositivos de inteligência, uma característica que é inerentemente humana. O objetivo deste ramo da ciência de computação é desenvolver dispositivos que simulem, realisticamente, o raciocínio humano. No entanto, a tecnologia não se fica por aí. Uma das grandes vantagens que esta tecnologia traz é a capacidade de construir modelos que se desenvolvem e aprendem com os inputs que lhe são oferecidos. É esta última característica que oferece um potencial de automatização de tantas operações que hoje em dia já estão a ser operacionalizadas por sistemas de Inteligência Artificial, como é o caso do apoio ao consumidor com recurso a chatbots.

AI Builder entra em cena

Atualmente, a tecnologia é maioritariamente explorada por pessoas com perfis técnicos e com conhecimentos adequados, o que na prática quer dizer que não está acessível a todos os perfis de pessoas dentro das organizações. Foi precisamente esse gap que a Microsoft pretendeu endereçar ao disponibilizar o AI Builder.

O AI Builder é uma funcionalidade da Microsoft Power Platform (Power Apps, Power Automate e Power BI) que oferece a possibilidade aos utilizadores de negócio – independentemente da sua experiência ou conhecimento técnico – de utilizarem, nas suas aplicações, tecnologia de Inteligência Artificial. Mesmo que os colaboradores não tenham qualquer conhecimento de programação, é possível em apenas alguns cliques, criar um modelo de Inteligência Artificial – o primeiro passo pode passar por utilizar um dos templates que a Microsoft disponibiliza –, fornecer-lhe dados com os quais ele consiga trabalhar e, por fim, personalizar esses mesmos modelos gerados. Em poucos minutos, conseguimos ainda treinar o modelo que criámos dando oportunidade ao sistema de se desenvolver e aprender com a informação que lhe fornecemos. Claro que a qualidade da resposta dada pelo algoritmo depende diretamente do treino que lhe é dado, mas é incrivelmente simples começar a tirar partido da tecnologia e perceber como todas as peças encaixam, sem que sejam necessários conhecimentos técnicos avançados, seja em linguagens de programação ou em algoritmos matemáticos.

Use case: Retail PowerApp

Como referimos anteriormente, o eixo de diferenciação do AI Builder é colocar à disposição de pessoas com perfis não técnicos uma tecnologia poderosa que consegue transformar o dia-a-dia das organizações. As potencialidades de uma ferramenta como o AI Builder tornam-se claras quando tomamos como exemplo um supermercado que, com as suas muitas dezenas de prateleiras, tem uma quantidade incrível de stock a gerir. As prateleiras de qualquer supermercado estão em constante movimento: produtos são inicialmente expostos e, à medida que os clientes visitam as lojas, as quantidades expostas começam a diminuir. Assim sendo, é necessário proceder à sua reposição para que os expositores não fiquem vazios. Este processo pode, tipicamente, estar assente em tarefas manuais e, por isso, decidimos perceber como poderíamos automatizar todo este processo com recurso ao AI Builder. Com a Retail PowerApp, que como o nome indica é uma aplicação desenvolvida através da Microsoft PowerApps, incorporámos um modelo de Inteligência Artificial treinado para reconhecer determinados artigos. Assim, um repositor de um supermercado apenas teria que abrir a aplicação e, ao ter previamente definido o que era suposto encontrar numa dada prateleira, tirar uma fotografia aos produtos. Desta forma, o modelo de Inteligência Artificial conseguirá não apenas reconhecer os artigos, mas também perceber o número de artigos que carecem de reposição.

Mas o processo não precisa de acabar aqui: por forma a que a experiência do repositor de loja seja fluída e mais simples, caso este encontre artigos que necessitem de reposição, pode encomendá-los diretamente na aplicação. Para gestão de stock, é possível verificar o histórico das encomendas já realizadas e perceber também o stock que a loja tem disponível. Todas estas funcionalidades juntas permitem que os funcionários obtenham mais produtividade, mais informação e mais agilidade em todo o processo de gestão de stock e reposição de artigos numa única experiência digital.

Mais do que explicar a forma como esta aplicação trabalha, que tal verem a mesma em ação? Conheçam a nossa Retail PowerApp aqui em baixo.

Filipa MorenoInteligência Artificial: de buzzword à prática
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Microsoft PowerApps: como transformar ideias em aplicações de negócio

Vivemos num mundo onde a mobilidade é ubíqua: existem, neste momento, apps para qualquer ação que precisemos de realizar num dado momento das nossas vidas. A maioria dessas apps são desenvolvidas tendo o consumidor final como linha orientadora e, idealmente, é esta figura que as empresas têm em mente quando desenham a sua solução digital. No entanto, as aplicações não trazem apenas benefícios de utilização para o consumidor final. As apps móveis, num ambiente interno, são também fundamentais para a gestão de atividades diárias de uma empresa.

As chamadas business apps são especificamente desenvolvidas para resolver um problema interno de uma organização. Nesse sentido, estas aplicações oferecem a possibilidade das empresas gerirem parte do negócio de uma forma mais rápida, mais eficiente e mais produtiva. Contudo, nem todas as business apps justificam o tempo e o investimento que são necessários para um desenvolvimento personalizado e adaptado às necessidades de cada empresa. Com as limitações reais que existem em qualquer empresa, tanto em termos de orçamento como em termos de tempo e recursos humanos, poderá rapidamente tornar-se um sonho distante construir uma aplicação que suprima necessidades internas de eficiência e eficácia para processos que têm potencial para ser automatizados.

Tirando partido de todo o ecossistema Microsoft, que está muito presente em várias organizações, é possível construir uma aplicação através das Microsoft PowerApps. Numa óptica de serviço interno, as PowerApps geram um impacto considerável nos processos das empresas, permitindo a desmaterialização de processos e, consequentemente, aumentando os níveis de produtividade e reduzindo ineficiências.

Por outro lado, com as PowerApps, é possível habilitar outros perfis de pessoas dentro da organização para criar e manter a aplicação, ainda que estas mesmas pessoas não tenham um perfil técnico. Adicionalmente, o Microsoft Power Automate – uma ferramenta complementar às PowerApps – ajuda a automatizar processos nas diferentes aplicações e serviços, seja aprovação de pedidos, cumprimento de certas condições (acções a respeitar caso a resposta seja sim/ não), automatização de processos repetidos, etc.

Desta forma, estas soluções digitais não dependerão exclusivamente do departamento de TI e estes power users, que já têm o conhecimento de negócio – e desde que munidos do conhecimento necessário para utilizar estas ferramentas – conseguirão sustentar uma solução eficaz, alicerçada na infraestrutura Microsoft, sem que necessitem de conhecimentos de programação. Além disso, com o Office 365, os dados circulam naturalmente, sem que exista a possibilidade de criação de silos – que geram entropias e ineficiências – sendo possível alimentar a aplicação com informação de uma forma imediata.

Exemplo prático: automatização de aprovação de dias de férias

Tomemos como exemplo o processo de aprovação de férias: automatizando todo o processo desde a inserção, por parte do colaborador, de um formulário com o pedido de férias e, permitindo à pessoa que o aprova a receção de uma push notification no seu telemóvel, consegue-se aprovar de imediato as férias do colaborador. Por fim, é enviado um email automático ao colaborador para o avisar de que o seu pedido foi aprovado. Desta forma, automatizamos um processo que estava anteriormente dependente do departamento dos RH. Com estas ferramentas disponíveis, rapidamente conseguimos passar da conceptualização à execução e, em poucos minutos, o colaborador vê o seu pedido de férias aprovado – pode já começar a planear o seu próximo destino de sonho ao invés de desesperar a pensar que serão precisas várias semanas até que os seus dias sejam aprovados. Como este exemplo, existem outros casos de uso das ferramentas PowerApps e Automate que são uma solução à medida, totalmente adaptável à realidade interna da sua empresa.

A experiência da Xpand IT com PowerApps

A Xpand IT tem trabalhado com Microsoft PowerApps e Microsoft Power Automate desde o início do desenvolvimento dos produtos. Como tal, reconhecemos desde logo que estas tecnologias poderiam complementar a nossa oferta de desenvolvimento mobile, quer numa vertente multiplataforma (Xamarin) quer numa vertente puramente nativa. No nosso entender, para apps a serem utilizadas no contexto das empresas, as PowerApps têm uma proposta de valor interessante, não só pelo Time-to-Market mais curto, mas também pelo facto de permitirem que utilizadores de negócio materializem a sua visão numa ferramenta que lhes seja útil – e que permita, futuramente, justificar o desenvolvimento de novas versões ou a utilização de outras tecnologias. Para cada problema existem várias soluções e nós encaramos as PowerApps como uma ferramenta muito interessante para potenciar a Transformação Digital nas empresas.

Filipa MorenoMicrosoft PowerApps: como transformar ideias em aplicações de negócio
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Apple Pay em Portugal: O que muda nas nossas vidas

O que têm em comum Crédito Agrícola, Revolut e N26? O Apple Pay!

São 7h20 de um dia de semana aparentemente igual aos outros.

Conseguem imaginar o caos da rotina matinal de preparar e tomar o pequeno-almoço, tomar banho, vestir, preparar a marmita ao mesmo tempo que tentam não se esquecer de calçar as meias ou, pelo menos, de calçar duas meias iguais? No meio do caos, há sempre qualquer coisa que fica a faltar. Um dia que começa assim tem tudo para correr bem, certo? Errado.

É óbvio que num dia assim, quando se preparam para ir pagar o almoço, não conseguem encontrar a carteira. É óbvio que num dia assim, a carteira ficou em casa.

Bastam apenas dois segundos para, depois de nos apercebermos de que não temos a carteira connosco, chegarmos à conclusão que perdemos a nossa independência financeira e temos que ligar a um colega para nos vir pagar o almoço e salvar-nos de uma tarde inteira de tarefas que nos permitam compensar o restaurante pela refeição que consumimos.

Há uns anos seriacompletamente plausível vermos uma situação destas acontecer, mas, atualmente, em vez de ligarmos ao colega para nos vir salvar, conseguimos realizar pagamentos através do nosso telefone. Em menos de 1 minuto, o pagamento é realizado, sem qualquer fricção. Como é que é possível, perguntam vocês? Com o Apple Pay, claro. Obrigada, deuses da tecnologia!

Mas afinal, o que é exatamente o Apple Pay, que implicações tem este novo serviço para os consumidores e o que significa para a indústria financeira a introdução deste serviço no mercado?

Esta é uma tecnologia já algo madura. O serviço foi inicialmente lançado pela Apple em outubro de 2014 no seu país de origem – Estados Unidos da América – e, ao longo destes 5 anos, tem vindo a expandir a sua presença para muitos outros países. De facto, neste momento, já mais de 50 países contam com este serviço, sendo que a Apple tem planos para continuar a evangelização e implementação deste serviço por outros países do mundo.

A partir de junho de 2019, Portugal passou a fazer parte da lista de países que suportam o serviço Apple Pay. O Crédito Agrícola, o Revolut, o N26, o Monese e, mais recentemente, o Moey! foram as primeiras empresas a oferecer este serviço em Portugal. E nós fomos das primeiras empresas a implementar a tecnologia!

A Xpand IT foi um parceiro que acompanhou o processo de implementação do serviço Apple Pay na aplicação móvel do Crédito Agrícola desde o início e teve de garantir a criação de um fluxo de navegação simples e intuitivo, de forma a assegurar que o processo de adição de cartões à Apple Wallet através da app seria fácil, rápida e sem quaisquer obstáculos para o utilizador. A Xpand IT, juntamente com o Crédito Agrícola, garantiu que a implementação desta solução passou em todos os testes de segurança e requisitos exigentes da Apple. Não de somenos importância, a intervenção da Apple em todo o processo de implementação releva a necessidade de contar com um parceiro que esteja focado na experiência de utilização – com a preocupação de manter a experiência coerente e com capacidade de resposta para conseguir dar vida a esta nova forma de pagamento.

Mas como funciona o Apple Pay? Pegando no exemplo inicial do pagamento da refeição no restaurante, após o setup inicial onde se pode adicionar os cartões à “carteira” do iPhone, passa a ser possível utilizar apenas o telemóvel para realizar pagamentos contactless. Os terminais de multibanco são os mesmos de sempre – caso estes já aceitem pagamentos contactless, basta aceder à app Wallet, fazer a autenticação através de TouchID ou FaceID, encostar o Iphone ao terminal de pagamento e, voilá, o pagamento está feito. Sem que sejam necessárias carteiras ou cartões físicos, que apenas acrescentam obstáculos a todo este processo que se quer rápido. Como medida adicional de segurança, ao realizar pagamentos que ultrapassem um determinado valor (para Portugal foi definido um valor de 20 euros), será solicitado ao utilizador que confirme o pagamento através de um PIN por ele definido.

A verdade é que este serviço é diferenciador, uma vez que oferece total conveniência ao ato de pagamento – posso pagar as minhas compras em qualquer canal, seja este online, físico ou até mesmo em apps móveis, recorrendo aos dispositivos que já fazem parte da minha vida diária (iPhone, iPad, Mac ou Apple Watch) e sem complicações ou perdas de tempo desnecessárias. Por outro lado, este método de pagamento oferece também mais segurança: não apenas porque os dados do cartão são armazenados de forma segura através da criação de uma representação virtual do cartão (através de um token – que pode ser desativado ou ativado a qualquer momento na aplicação e de uma forma independente dos cartões físicos),mas também porque, para autorizar o pagamento é necessária uma autenticação biométrica. Esta é uma das razões pelas quais este serviço está a ter tanta aceitação em diferentes setores da economia, bem como um impacto considerável na indústria de pagamentos.

Eu sei que neste momento devem estar a pensar que nem tudo são rosas com este serviço e é verdade. Existe uma limitação da qual nenhum de nós nos livramos –continuamos a precisar de ter bateria no nosso telefone para garantir que temos os nossos cartões acessíveis bem como a possibilidade de realizar pagamentos à distância de um toque.

Agora sim, posso esquecer-me da carteira em casa sem problemas. Apenas tenho que garantir que o telefone não fica sem bateria. Se isso acontecer, não há tecnologia que nos salve. A não ser que daqui a alguns anos possamos simplesmente pagar autenticando a nossa identidade sem sequer ser necessário um telefone como veículo de pagamento. Mas isso é matéria para outro blog post!

Filipa MorenoApple Pay em Portugal: O que muda nas nossas vidas
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Power Platform World Tour: A nossa experiência

Na última semana de agosto, a Xpand IT rumou mais uma vez a Londres onde nos dias 28 e 29 teve lugar a primeira paragem europeia na Power Platform World Tour de 2019. Partimos de Lisboa com algumas expetativas que tínhamos a esperança que fossem cumpridas: fomos com vontade de conhecer ainda melhor esta plataforma que está a experienciar um crescimento muito interessante e ainda perceber um pouco melhor o que nos reserva o seu futuro.

Para aqueles que não estão totalmente familiarizados com a Power Platform, interessa esclarecer que esta é uma plataforma que agrega 3 produtos Microsoft que, juntos, dão vida a uma plataforma que promete dinamizar e promover a Transformação Digital das empresas. As PowerApps, o Flow e o PowerBI são as ferramentas que permitem a digitalização e automatização de processos internos e têm um potencial enorme para transformar a forma como as empresas gerem os seus processos e tomam as suas decisões. Com estas ferramentas, as empresas conseguirão tomar decisões informadas com agilidade e com processos baseados em tecnologia, com todas as vantagens que daí advêm.

O Evento

Mas voltando a Londres… foram dois dias recheados de conteúdo interessante, onde foi possível encontrar a crescente e entusiasta comunidade da Power Platform, explorar os desafios que diferentes indústrias estão a responder com as PowerApps e, não menos importante, receber uma dose de inspiração com as soluções apresentadas e a forma como várias empresas estão já a tirar partido destas tecnologias. Com o The Shard como pano de fundo, o evento foi um encontro da comunidade e uma partilha genuína de experiências… De facto, uma das mensagens mais poderosas da Microsoft é a simplicidade de utilização desta plataforma. Quando dizem que todos nós podemos construir uma app com as PowerApps e o Flow, é mesmo verdade. Com esta solução, tanto developers como utilizadores de negócio têm as ferramentas certas e estão capacitados para obter melhores resultados na sua empresa ao construírem apps. Esta não é uma ferramenta que, de um momento para o outro, possa ser utilizada para resolver todo e qualquer problema. Mas é, sem dúvida, possível endereçar alguns dos desafios que as empresas enfrentam hoje em dia através de um conjunto de tecnologias extremamente poderosas.

Um dos momentos altos do evento foi a possibilidade de ouvir em primeira mão o que a Microsoft tem a dizer sobre a evolução de todos estes produtos e aquilo que o futuro reserva, especialmente no que toca a melhorias e novas funcionalidades que estarão disponíveis para todos os utilizadores já a partir do próximo dia 1 de outubro. O AI Builder é um exemplo de uma das novas funcionalidades com que podemos contar com esta plataforma: com capacidades como classificação binária, deteção de objetos e processamento de formulários passa a ser mais fácil incluir os serviços cognitivos da Microsoft nas business applications, oferecendo-lhes uma camada de inteligência que até então não estava ao alcance das aplicações que eram criadas através das PowerApps. É todo um conjunto de novas funcionalidades – mais de 400 nos últimos 6 meses segundo foi partilhado – que permitirão o aparecimento de um número crescente de Citizen Developers.

Outro dos pontos mais relevantes do evento esteve relacionado com a forma como este tipo de iniciativas terá de ser gerido nas empresas em parceria com o departamento de IT. É certo que existem muitas vantagens em colocar o poder de criação de uma aplicação nas mãos de qualquer utilizador – aliás, hoje em dia estes mesmos utilizadores já usam o Excel e o Access para resolver muitas questões – mas tem de se garantir que o tema de Enterprise Management é devidamente endereçado. E, mais do que tudo, tem de se olhar para estas iniciativas de uma forma programática: a sua adopção terá de ser promovida continuamente para que não sejam consideradas apenas como um projectos one-shot.

Confirmámos também as nossas suspeitas acerca do crescimento sem precedentes da plataforma: crescimento de 700% de apps em produção só no último ano e mais de 2 milhões e meio de developers activos mensalmente na Power Platform. Estes são números surpreendentes que nos mostram que o mercado de low-code está a crescer: a Gartner e a Forrester nomearam as Microsoft PowerApps como líderes de mercado. É caso para dizer que o futuro parece ser risonho para as PowerApps e restante Power Platform.

Em conclusão

Em resumo, podem esperar mais novidades acerca das PowerApps muito em breve. O evento foi uma oportunidade excelente de vermos inovação em movimento no espaço interno das empresas e aprendermos com as múltiplas experiências da comunidade. Voltámos a Lisboa com a certeza que a proposta de valor das PowerApps para cenários de empowerment interno é muito interessante e que nesse sentido, podem complementar a nossa própria oferta de mobile development, tanto no que toca ao desenvolvimento multiplataforma (Xamarin) como no desenvolvimento puramente nativo.

Em termos estratégicos, a nossa visão para Customer Facing apps não passa por ferramentas de low-code. No entanto, vemos um potencial interessante quando nos focamos em cenários internos e de Employee Empowerment. Mais novidades em breve!

Filipa MorenoPower Platform World Tour: A nossa experiência
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