Soluções cloud ou híbridas para o seu Middleware: quais as vantagens

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • Existem vantagens na implementação de soluções cloud ou híbridas para o seu Middleware;
  • Alguns dos benefícios: Aumento da velocidade de entrega das soluções digitais; Maior capacidade de resposta; Foco na inovação, entre outros.

As exigências de um negócio competitivo e em constante mudança requerem que as organizações se munam de processos e ferramentas que lhes ofereçam a agilidade e rapidez de resposta necessária para se manterem na linha da frente. Nos dias que correm todos os setores da indústria são – no seu core ou por simbiose – profundamente digitais. As plataformas de Middleware são fundamentais para a implementação de programas digitais nas organizações e, como tal, devem-se moldar à realidade do negócio e das empresas, para que possam suportar o seu crescimento de forma sustentada.

Desde o início da década de 80 que o Middleware tem sofrido uma evolução profunda para dar melhor resposta às contínuas mudanças de contexto. Inicialmente respondendo a uma necessidade de ligação ponto-a-ponto e, posteriormente, numa vertente interna das organizações, com a explosão da internet e a proliferação de APIs rapidamente surgiram novos desafios no desenvolvimento e manutenção de integrações distribuídas, que exigiram a criação de novos tipos de ferramentas de Middleware que permitissem gerir esta complexidade. Os desafios mais recentes ligam-se com a adoção da cloud e de arquiteturas granulares elásticas, tornando as soluções de Middleware ainda mais fundamentais nas estratégias das organizações.

A relevância das soluções cloud ou híbridas

A migração para a cloud tem sido uma tendência crescente nos últimos anos. Várias organizações definem a cloud como um objetivo na sua estratégia de modernização aplicacional e de transformação digital pelos benefícios inerentes:

  • Aumento da velocidade de entrega das soluções digitais, com a disponibilização de inúmeras ferramentas otimizadas para endereçar diferentes necessidades e skillsets das equipas;
  • Maior capacidade de resposta aos desafios técnicos do IT, como a garantia de alta disponibilidade, escalabilidade, tolerância a falhas e segurança;
  • Redução do esforço de operação e manutenção da infraestrutura e maior eficiência na gestão dos custos associados (modelos baseados em consumo);
  • Foco na inovação e iniciativas que produzem maior valor para as organizações.

Isto não significa que a solução seja uma transição total para uma cloud pública. Constrangimentos técnicos, compliance, imposições legais ou mesmo benefícios para o negócio podem exigir que algumas componentes de arquitetura permaneçam on-premise ou numa cloud privada. É preciso, no entanto, adotar-se uma estratégia cloud-first que exija que a alternativa cloud seja considerada à partida, para que se pesem os prós e contras envolvidos na transição. Na grande maioria dos casos, a solução ideal será híbrida de forma a dar melhor resposta e a alinhar-se com os objetivos do negócio.

Tipos de soluções cloud ou híbridas

Com a integração da cloud nas organizações, o Middleware ganha um papel ainda mais predominante na consistência do “tecido aplicacional” das organizações. Se até então o Middleware tem ajudado a simplificar a integração de dados entre sistemas heterogéneos, numa solução híbrida torna-se a peça fundamental para simplificar a heterogeneidade da arquitetura. Para isso existem agora diferentes tipos de soluções de Middleware:

  • Plataformas self-managed – Plataformas que, independentemente da sua arquitetura (centralizada ou baseada em micro serviços), são mantidas pelo próprio cliente no seu ecossistema. Tipicamente são altamente customizáveis e oferecem maior liberdade para serem afinadas às necessidades técnicas de baixo nível, com a contrapartida de serem mais resistentes à própria evolução e exigirem um esforço elevando de administração pelas equipas de IT;
  • Plataformas vendor-managed – A solução ideal para eliminar o custo de manutenção das plataformas, passando as mesmas a ser geridas de forma transparente pelos respetivos vendors. Dada a sua externalização na infraestrutura do vendor, oferecem um conjunto idêntico de funcionalidades às plataformas self-managed mas com limitações quanto à extensibilidade e customização de baixo nível;
  • iPaaS (integration Platform-as-a-Service) – Especialmente desenhadas para a cloud, estas plataformas reúnem uma suite integrada de diferentes ferramentas de integração que permitem às organizações integrar facilmente aplicações cloud e SaaS. Focam-se na automação, na experiência integrada (visão de uma peça única) e em desenvolvimento low-code/no-code para simplificar o problema da integração, promovendo a implementação por utilizadores sem conhecimentos técnicos especializados (citizen developers) e, consequentemente, a agilidade organizacional.

Conforme indicado anteriormente, o desafio da integração nas organizações pode ser tanto maior quanto mais complexo for o seu negócio e/ou arquitetura. Por isso, nem sempre uma única plataforma de Middleware é one-size-fits-all. É desta necessidade que nasce o conceito de HIP (Hybrid Integration Platform). A implementação de um HIP consiste na valorização contínua de uma solução mista de peças de Middleware, combinando iPaaS com outros produtos on-premises e implementações direccionadas para problemas específicos de integração (p.e. Gateway B2B, Managed File Transfer, API Management, IoT), debaixo de uma gestão e governance integrados, oferecendo, desta forma, uma maior moldabilidade às constantes mudanças e necessidades do negócio.

Pensamentos finais

A competitividade e a resposta rápida a oportunidades e ameaças são capacidades críticas para o sucesso das organizações. Para que isso seja possível, é preciso que elas estejam dotadas das ferramentas adequadas que lhes permitem reagir com agilidade e assertividade. Uma solução de Middleware alinhada com os objetivos estratégicos da organização providencia uma base sólida para o progresso e desenvolvimento sustentado, favorecendo a autonomia das equipas no desenvolvimento, facilitando o controlo e gestão integrada do ecossistema e promovendo a inovação.

Nuno SantosSoluções cloud ou híbridas para o seu Middleware: quais as vantagens

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