ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
- As interfaces de utilizador por voz vierem revolucionar o mundo da interação;
- Conheça todos os benefícios, desafios e o futuro da experiência do utilizador.
As interfaces de utilizador por voz (VUIs – do inglês Voice User Interfaces) já existem há bastante tempo, mas foi com o crescimento dos smart speakers como a Alexa da Amazon ou o Google Home que se tornaram realmente populares.
Think with Google – Google/Peerless Insights, “Voice-Activated Speakers: People’s Lives Are Changing,” n=1,642, U.S. monthly active voice-activated speaker owners
Interfaces de Voz (VUIs) são tecnológicas que nos deixam interagir com a tecnologia através da fala. Em vez de escrever ou de usar o toque, basta dizermos aquilo que queremos e a máquina percebe-nos.
Essencialmente, é como ter uma conversa com outra pessoa, mas essa pessoa é, na verdade, uma máquina que usa Linguagem Natural para entender aquilo que queremos que ela faça.
Hoje em dia, estas interfaces estão a ser aplicadas a uma ampla variedade de casos, desde automação em casa e entretenimento, ao atendimento ao cliente e cuidados de saúde.
Mas como criamos uma interface com a qual as pessoas possam realmente ter uma conversa?
4 Benefícios das interfaces de utilizador por voz
A melhor parte destas interfaces é que não temos de ter um grande conhecimento tecnológico para as conseguir utilizar.
As VUIs oferecem várias vantagens em relação às interfaces gráficas tradicionais. Algumas das principais são:
- Melhor acessibilidade: As VUIs podem melhorar a acessibilidade para pessoas com deficiências ou problemas visuais, assim como para aqueles com menor proficiência tecnológica.
- Mais intuitivo e natural: As VUIs podem ser desenvolvidas para usar uma linguagem e fluxo conversacional mais natural, tornando-as mais intuitivas. Isto pode fazer com que as interações se pareçam mais humanas, permitindo aos utilizadores comunicar com a interface usando a sua linguagem natural.
- Interação sem mãos: As VUIs permitem aos utilizadores interagir com dispositivos sem a necessidade do toque físico, como a utilização de teclados, ratos ou touchscreens. Isto torna a sua utilização especialmente benéfica durante a realização de várias tarefas ao mesmo tempo.
- Interações mais rápidas e eficientes: As VUIs podem reduzir o tempo
necessário para completar uma tarefa, permitindo que os utilizadores realizem ações através de comandos de voz. Isto pode levar a um aumento de eficiência, produtividade e redução na fadiga do utilizador.
Os desafios das interfaces de utilizador por voz
Tal como acontece com todas as tarefas, os desafios são inevitáveis. Ao superar estes obstáculos, conseguimos melhorar o comportamento destas interfaces e evoluir a maneira como se integram na nossa vida diária.
Aqui estão alguns dos maiores desafios apresentados pelas VUIs:
- Preocupações com privacidade: Estando sempre a ouvir, isto pode levantar preocupações de privacidade entre os utilizadores, especialmente em relação à recolha e armazenamento de dados.
- Ruído: O ruído de fundo e diversas interferências podem afetar a interação com as estas interfaces, tornando mais difícil para o dispositivo a interpretação do comando dado pelo utilizador.
- Funcionalidades limitadas: Algumas ações ou tarefas que são facilmente realizadas com a utilização de uma interface gráfica tornam-se mais difíceis, especialmente aquelas que requerem interações visuais mais complexas.
O papel do designer
No seu núcleo, desenhar uma interface de voz não é assim tão diferente de desenhar uma interface gráfica ou qualquer outro produto.
Para conseguirmos desenvolver a melhor experiência de utilizador com interações por voz, temos, primeiro, que entender a maneira como as pessoas comunicam naturalmente, como utilizam a sua voz.
Podemos dividir o processo de desenhar VUIs em simples passos, muito semelhantes a qualquer outro processo de UX:
1. Entender as necessidades e expetativas dos utilizadores: Como designers, temos de entender as expectativas dos nossos utilizadores e o contexto no qual a interface será usada.
2. Usar Linguagem Natural: Devemos usar linguagem natural que tenha em consideração a terminologia e linguagem dos nosso utilizadores.
3. Desenhar para fluxo conversacional: Criar um fluxo conversacional natural e intuitivo para os nossos utilizadores, com foco na ordem de perguntas e respostas, tom, cadência, guiando os utilizadores durante a conversa para obter a informação ou serviço desejado. Devemos também ter em conta casos que possam levar a erros.
4. Dar feedback e confirmação: Devido à falta de feedback visual, dar feedback auditivo ou visual, e confirmações, ajudam os nossos utilizadores a processar a informação que lhes é dada, assim como as ações que tomaram.
5. Testar e iterar: É sempre necessário testar a interface de voz com utilizadores reais, para identificar problemas ou áreas abertas a melhorias. Baseado neste feedback, devemos iterar e melhorar o design, para torná-lo mais efetivo na sua comunicação.
O futuro da experiência do utilizador
As VUIs já transformaram a maneira como interagimos com a tecnologia, mas o seu potencial máximo ainda está por ser descoberto.
À medida que a tecnologia continuar a evoluir, estas interfaces vão ficar mais precisas e confiáveis, tornando-as mais úteis em áreas como a saúde, educação, e serviço ao cliente. Além disso, podem ser integradas com outras tecnologias, como a Inteligência Artificial (IA) de modo a fornecer experiências mais personalizadas e melhorar a sua precisão.
Esta tecnologia irá, eventualmente, tornar-se uma parte integral do nosso dia-a-dia, proporcionando-nos uma forma mais natural e intuitiva de interagir com o mundo tecnológico que nos rodeia.
Estas são algumas das potenciais modas que poderão vir a moldar o futuro das Interfaces de Voz e a Experiência do Utilizador:
1. Personalização: À medida que as VUIs se tornam mais sofisticadas, estas serão capazes de personalizar a experiência do utilizador ao compreender as necessidades e comportamentos individuais de cada um. Isto poderá abranger respostas e recomendações personalizadas, tornando toda a interação mais humana e intuitiva.
2. Interfaces Multimodais: As VUIs já são integradas com interfaces gráficas de modo a criar uma interface multimodal que combina voz, toque e outros inputs. Isto irá aprimorar a experiência do utilizador ao fornecer diversas formas de interagir com a tecnologia, e permitir uma maior flexibilidade e customização.
3. Inteligência Emocional: As VUIs poderão tornar-se melhores a compreender e responder às emoções humanas, criando uma experiência de utilizador mais empática. Isto poderá passar por incluir um processamento de linguagem natural para detectar emoção e ajustar as respostas de acordo com a mesma.
4. Realidade Aumentada: As VUIs poderão ser integradas com realidade aumentada para criar experiências mais imersivas e impactantes. Isto poderá incluir a utilização de voz para interagir com objetos virtuais ou ambientes, elevando a experiência do utilizador a outros níveis numa variedade de aplicações.
5. Integração com a IoT: À medida que a Internet of Things (IoT) continua em crescimento, as VUIs poderão tornar-se na forma fundamental com que os utilizadores interagirão com dispositivos e eletrodomésticos a ela ligados. Desde controlar dispositivos de smart home, a aceder a informação ligada a sensores, e muito mais.
Em suma, o futuro da experiência do utilizador e das interfaces de voz é promissor. À medida que a tecnologia das VUI continua a evoluir, tanto designer como developers vão precisar de se manter a par destas tendências e adaptar às novas maneiras de desenhar e desenvolver VUIs que respondam às necessidades e expectativas dos utilizadores.
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