Sérgio Viana

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Partner and DX & UX Lead - Xpand IT

O que é a gamificação e os seus benefícios para o negócio

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • O conceito de gamificação pode ser definido como a utilização de técnicas de jogos para aumentar a participação, envolver e/ou gerar lealdade de uma pessoa em determinada ação;
  • Descubra neste artigo como a gamificação pode estar presente em várias áreas de negócio como o Fitness, Saúde, no sector Financeiro, na Educação e até no contexto corporativo.

O que é a gamificação?

Quando pensamos em Gamificação, é bem provável que recuperemos, no fundo da nossa memória, o Monopólio do McDonald’s ou lembramo-nos que hoje ainda não fizemos a aula do Duolingo. Apesar destes exemplos, afinal quando é que o termo gamificação ganhou forma? Em 2012 encontramos a primeira definição oficial de gamificação, por Nick Pelling, que descreve o processo de utilizar conceitos e interfaces de jogos aplicados a contextos do quotidiano. Já em 2014, a Gartner lança a sua primeira definição oficial de gamificação – “utilização de mecanismos de jogos e de design de experiência, para envolver e motivar as pessoas, digitalmente, a alcançar os seus objetivos”. No entanto, Richard Bartle, escritor e investigador, acredita que o termo já era utilizado, previamente, por designers de jogos.

O ato de gamificar implica a utilização de técnicas de jogos para aumentar a participação, envolver e/ou gerar lealdade de uma pessoa em determinada ação.

  • Desafios, conquistas e missões. Provavelmente, este é o elemento mais importante na gamificação, terminar missões e ganhar desafios é o que motiva a participação voluntária do jogador;
  • Recompensas, progressão e feedback instantâneo. Badges, moedas que podem ser trocados por prémios ou por experiências, ranking com os melhores jogadores, são apenas alguns exemplos de mecânicas que devem ser adotadas em dinâmicas de gamificação. É fundamental que o utilizador receba feedback instantâneo para estimular o engagement na atividade;
  • Competição. A gamificação utiliza as tendências naturais do ser humano para competição e para atingir excelência na sua performance. Neurofisiologicamente, a gamificação ativa a produção no cérebro de hormonas – tais como Dopamina, Endorfina e Serotonina – responsáveis pela felicidade e pelo prazer que, por sua vez, provocam um sentimento de realização.

Benefícios da gamificação no negócio

A gamificação é agora parte do nosso dia-a-dia, estando presente em diferentes contextos. A Gartner reporta que mais de 70% dos negócios integrantes na Global 2000 list of companies utilizam-na no seu negócio. Porquê? Há 4 vantagens evidentes, que podem ser aplicadas tanto aos clientes como aos colaboradores da sua empresa:

  • Gera lealdade. A gamificação é uma excelente tática para criar um vínculo envolvente composto por interações contínuas entre o seu negócio e os seus clientes e colaboradores. Em 2010 a McDonald’s aumentou as vendas em 5,6% nos EUA, utilizando conceitos de gamificação derivados do jogo clássico do Monopólio;
  • Oferece uma visão mais alargada. A falta de feedback instantâneo é um problema que, atualmente, afeta os negócios. Sabendo que a gamificação pode ser a solução, a Worten criou a plataforma Worten Winners. É uma plataforma de feedback e de reconhecimento organizacional focado na satisfação dos clientes, que permite a todos os colaboradores verem o status de vendas, os rankings das lojas e os rankings dos vendedores. Para além de acesso aos rankings individuais e de equipa conta, ainda, com elementos de gamificação, como crachás para os melhores vendedores e informação sobre as missões a alcançar. O resultado? Em 42 lojas piloto, 60% dos colaboradores dizem-se mais envolvidos no dia-a-dia do seu trabalho;
  • Permite uma experiência personalizada. A Starbucks é conhecida pelas suas iniciativas de engagement e programas de lealdade. Ainda assim, iniciativas como a personalização dos copos e o My Starbucks Rewards são exemplos que bebem não só da lealdade do cliente, mas também de experiências personalizadas. Por exemplo, a aplicação faz uma curadoria de bebidas e artigos alimentares que se adequam ao paladar de cada utilizador. Com ofertas personalizadas e com recompensas a cada compra, o cliente fica envolvido com a marca e sente-se motivado a cada compra. A Starbucks atribui 40% do seu total de vendas ao My Starbucks Rewards que, em março de 2019, contava com 16 milhões de membros ativos;
  • Cria reconhecimento da marca. Todos os negócios desejam estar no top of mind do seu target e a gamificação pode ser de grande ajuda neste processo. O M&M’s Eye-Spy Pretzel é um bom exemplo de uma campanha de Marketing Digital simples, mas que criou um grande impacto. Numa tentativa de promover os produtos com pretzel, a marca fez um post no Facebook que encorajava os users a encontrarem o pretzel escondido numa imagem cheia de M&M’s. Este puzzle resultou em 25.000 novos gostos na página de Facebook, 10.000 comentários e cerca de 6.000 partilhas.

Ao contrariar todos os processos obsoletos e aborrecidos subjacentes à aquisição de novos clientes e à motivação dos seus colaboradores, a gamificação pode ser a lufada de ar fresco que o seu negócio precisa. São já vários os setores que têm iniciado uma jornada na gamificação e que o têm feito com sucesso.

Casos de uso da gamificação

Gamificação num contexto de Fitness

Gamificar programas de fitness torna o exercício físico mais divertido, principalmente se estivermos inseridos numa comunidade e se nos apoiarmos em tabelas de liderança, por forma a celebrar o progresso instantaneamente. Aplicações de fitness, como o Nike+ Run Club, o My Fitness Pal ou o Zombies, Run!, estão recorrentemente no topo de pesquisas do Google Play e da App Store.

Run Away GIF

Gamificação na Saúde

Estima-se que o mercado de gamificação nas apps de saúde cresça de $3.072,5M, em 2019, para $35.982,7M, em 2027, segundo a Statista.

A oferta no mercado das apps de saúde é vasta. Encontramos soluções que nos ajudam a gerir as diabetes, a nossa saúde mental ou até mesmo soluções para os fãs do jejum intermitente. mySugr, Happify e Fastic são alguns dos exemplos que temos em mente, tratam-se de apps focadas na personalização do utilizador, com registo de atividade, objetivos traçados e, esperançosamente, tarefas cumpridas. Há incentivos, desafios e tabelas de liderança que nos ajudam a manter o foco.

Season 20 Health GIF By The Simpsons

Gamificação no setor Financeiro

Provavelmente lembrar-se-á do conhecido SmartyPig, um banco online onde podemos adicionar dinheiro a um objetivo de poupança criado e, em tempo real, vemos a percentagem de target a aumentar. SmartyPig possui, ainda, elementos de gamificação não tão evidentes como o facto de ter uma mascote, o que ajuda o user a manter-se envolvido com o banco.

São muitos os casos de sucesso no uso de gamificação no setor financeiro. De acordo com o Total Retail e Mordor Intelligence, o banco Extraco teve um interessante caso de sucesso com a iniciação de um processo de gamificação. Com aulas de literacia financeira, com destaque nas ofertas que tinham disponíveis, aumentou a taxa de conversão de 2% para 14% e a aquisição de novos clientes em 700%.

Paying No Money GIF By Noam Sussman

Gamificação na Educação

De acordo com a Intuition, 67% dos estudantes dizem que a aprendizagem gamificada é mais envolvente que os cursos tradicionais. Ferramentas como o Duolingo, Kahoot! e o Minecraft têm sido um sucesso mundial no ensino, graças à utilização de elementos básicos da gamificação como badges, competição entre equipas, tracking ao progresso ou, até mesmo, definição de objetivos.

Party Eurovision GIF By Duolingo

Gamificação no contexto Corporativo

Se 67% dos estudantes se dizem mais envolvidos com a gamificação do que com métodos de ensino tradicionais, a TalentLMS diz-nos que 83% dos colaboradores que se submetem a uma formação gamificada dizem-se mais motivados nas tarefas do dia-a-dia. Se envolver os colaboradores com a sua empresa é um dos seus objetivos, saiba que há muitas ofertas disponíveis. Aplicações como a Todoist, que recompensa os users em karma points à medida que se completa uma tarefa, plataformas como a Trailhead, que torna o processo de aprendizagem mais leve e divertido, ou ainda o Microsoft Dynamics 365 que recompensa com prémios e status, são alguns exemplos de gamificação que têm sido incluídos no dia-a-dia de equipas mundialmente.

Gostaria de incluir gamificação na sua empresa?

Como esperamos que tenha ficado claro, existem várias abordagens a ter no que respeita à gamificação – tanto em equipas internas como externas. Do ponto de vista interno, motivar as equipas, num contexto em que as interações digitais são priorizadas, tem sido, certamente, um dos desafios do seu negócio. A gamificação é uma ferramenta poderosa para as empresas manterem uma comunicação ágil e eficaz com os seus clientes e com os seus colaboradores. Implementar e desenhar experiências envolventes e centradas no utilizador implica know-how específico e proficiência. Do ponto de vista externo, a gamificação é uma ferramenta extremamente interessante para criar uma relação mais próxima e leal com os seus clientes, independentemente do seu sector de atuação. Seja qual for área em que a sua empresa se integra, entre em contato connosco. A nossa equipa de especialistas em User Experience e em Digital Xperience têm a expertise necessária para ajudá-lo a perceber como tirar benefícios reais desta tendência entregando a experiência que deseja que os seus consumidores tenham.

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Os 4 principais benefícios da adoção de Power Platform para a Janssen

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • Plataformas low-code dão poder a qualquer pessoa para desenvolver mais rápido e de uma forma totalmente personalizada. Surge então a questão: como podem ser aplicadas no meu negócio? Conheça o caso da Janssen.

No passado dia 20 de outubro, estivemos na Microsoft a falar sobre os benefícios que a Power Platform em harmonia com o Dynamics 365 trazem para o seu negócio. No contexto destas tecnologias, temos mantido o foco em dar poder aos utilizadores e em elevar os negócios através de uma nova abordagem. A Power Plataform – plataforma low-code da Microsoft – é, de momento, a mais completa do mercado. Com a utilização de Power Platform em comunhão com o Dynamics 365 é possível construir e implementar soluções digitais 100% personalizadas e isso, claro, irá ajudar as empresas a tomar decisões mais informadas e céleres.

Neste evento, abordámos o mundo das Business Applications em três tracks distintas: Dynamics 365, Power BI e Power Platform.

  • A track de Dynamics 365 focou-se na ‘importância de transformar os clientes em fãs’, citando o orador principal Francisco Costa, Partner & Enterprise Solutions Lead na Xpand IT. Apresentámos como o Dynamics 365 tem valor na jornada do cliente, dá a cada cliente uma experiência personalizada e aos negócios uma visão unificada e agregada da informação, desbloqueando, assim, o valor dos dados. Estivemos à conversa com Paula Braz, Head of Marketing na Xpand IT, que nos ajudou a perceber os desafios na adoção do Dynamics 365 no Marketing e também com João Pratas, Business Applications Technical Specialist na Microsoft, que através de um Use Case ajudou-nos a perceber as funcionalidades do Dynamics 365 Marketing.
  • Na track de Power BI, focámo-nos na importância da adoção do Analytics e de Azure (a plataforma Cloud da Microsoft) para dar aos negócios uma visão 360º do cliente e, por consequência, decisões mais informadas. Ricardo Pires, Partner & Business Intelligence Lead na Xpand IT, entrevistou Luís Chaby, Azure Enterprise Sales Manager na Microsoft, em jeito de reflexão sobre como o comportamento do mercado mudou com a adoção de Power BI e de Microsoft Azure. Vanessa Gomes, Data Analytics Engineer na Xpand IT, apresentou-nos, também, uma demo sobre como o Power BI pode ser ligado ao Dynamics 365, no contexto de análise de dados.
  • Na track de Power Platform, analisamos como as Power Apps e Power Automate dão poder ao utilizador. Rodrigo Umbelino, Enterprise Sales Executive na Microsoft, enriqueceu-nos com exemplos reais de utilização das soluções atualmente disponíveis em Power Platform. A conversa entre Sérgio Viana, Partner & DX UX Lead na Xpand IT, e Pedro Santos, Digital Health & Solutions Manager na Janssen, realçou a importância de encarar a transformação digital dos negócios como uma jornada e não como projetos únicos, para ser bem-sucedida.

A transformação digital nos negócios

Assistimos a um crescente cenário de necessidade de digitalização nos negócios. Segundo a Gartner, a transformação digital é uma prioridade organizacional para 87% de executivos séniores. A capacidade de materializar iniciativas de transformação digital, no entanto, está bastante limitada pela falta de mão de obra qualificada no mercado de IT. Uma potencial solução? Citizen Developers. Segundo a definição da Gartner, um citizen developer é “uma pessoa que cria recursos de aplicações para consumo próprio ou de outros”.  O lema “Turn everyone into a developer with no code” capacita qualquer pessoa para fazer nem que seja uma primeira versão da solução de código que precisa.

Plataformas low-code dão poder a qualquer pessoa para desenvolver mais rápido e de uma forma totalmente personalizada. Surge então a questão: como podem ser aplicadas no meu negócio? Na realidade, o que as instituições podem fazer com Power Platform depende das necessidades de cada negócio.

O exemplo da Janssen

Na track de Power Platform, apresentámos o caso da Janssen, empresa farmacêutica do Grupo Johnson & Johnson, líder mundial em Investigação.

O primeiro contato da Janssen com a Xpand IT, data do início da pandemia, foi através de uma iniciativa denominada Power Engagement – na prática, consistiu em realizar uma sessão hands-on sobre as tecnologias e depois na realização de trabalho de identificação de potenciais projectos. Numa primeira instância, o desafio visava uma aplicação que permitisse aos seus colaboradores receberem refeições em casa.

  • A app Delivery

O desafio que a Xpand IT tinha em mãos era muito simples: uma aplicação descomplicada que permitisse aos colaboradores da Janssen e aos seus familiares, residentes na área da grande Lisboa, receberem refeições em casa, servindo-se apenas do seu smartphone.

Através da App Delivery, a Janssen conseguiu manter a atividade da cantina em níveis semelhantes ao período de pré-pandemia. Aos seus colaboradores foi-lhes dada a oportunidade de escolherem refeições de acordo com os menus disponíveis para os diferentes dias e diferentes concelhos, de forma prática e rápida.

  • Simplify

De acordo com Pedro Santos, Digital Health & Solutions Manager na Janssen, ‘as Power Apps têm um papel fundamental no que toca a dar uma resposta imediata a questões levantadas pela companhia’. Apesar da jornada de transformação digital da Janssen em conjunto com a Xpand IT ter-se iniciado para dar resposta a processos internos, a parceria com a Xpand IT tem sido um pautada por uma vontade de inovação contínua. Como tal, têm sido identificados processos que carecem de melhorias e que podem ser optimizados recorrendo à Power Platform.

Ainda num contexto pandémico, e atendendo à crescente necessidade de digitalização, desenvolvemos a aplicação Simplify. Utilizando Power Apps com uma simples conexão ao Adobe Sign, por exemplo, a Janssen anulou a recolha de assinaturas em papel de parceiros internos e externos – processo que demorava cerca de um mês – sendo este, atualmente, um processo virtualmente imediato. Como o pagamento a parceiros da Janssen encontrava-se dependente da validação das assinaturas, e tratando-se agora de um processo instantâneo, o prazo médio de pagamento aos stakeholders foi reduzido em cerca de 22 dias, o que permitiu à Janssen um ganho de eficiência substancial ao mesmo tempo que acrescentou valor aos seus parceiros de negócio.

Os 4 principais benefícios da adoção de Power Platform, para a Janssen

Graças à aplicação de Power Plataform, a Janssen conseguiu não só melhorar processos internos, como também melhorar a experiência dos seus clientes e parceiros. Tudo isto permitiu:

  1. foco no cliente
  2. eficiência, com a digitalização de processos de automação
  3. agenda mais sustentável
  4. automação de processos, libertando colaboradores para tarefas de maior valor

Dependendo das soluções que o seu negócio precisa, a Power Plataform resulta noutros benefícios tais como a adoção de uma cultura data-drive, alicerçada no Microsoft Power BI, que irá analisar e acrescentar valor aos seus dados e uma experiência personalizada para os seus clientes, com um atendimento disponível 24/7, servindo-se de Power Virtual Agents, com chatbots baseados em Inteligência Artificial, para que o seu negócio tenha uma força de trabalho eficiente e esteja sempre disponível.

Inicie a sua jornada de Transformação Digital com a Xpand IT

A Xpand IT recebeu, em 2022, pelo segundo ano consecutivo, o Prémio de Parceiro do Ano da Microsoft. Este reconhecimento surge depois de ter recebido, em 2020, a distinção de Parceiro do Ano em Power Apps & Data Analytics da Microsoft Portugal. Estes prémios, acima de tudo, atestam a nossa proficiência a trabalhar com estas tecnologias.

Na Xpand IT, acreditamos que a base das relações está na confiança e na colaboração. Tal como fazemos no âmbito da parceria com a Janssen, podemos trabalhar consigo nos seus processos de Transformação Digital. Se já explorou as possibilidades que Power Platform pode trazer para o seu negócio e até já encontrou casos práticos para a sua utilização, estamos totalmente disponíveis para o apoiar nos próximos passos. Entre em contacto para agendarmos uma conversa. Ou, em alternativa, preencha o Power Platform Assessment, que temos preparado para si. Deste modo, terá acesso a recursos e aconselhamento personalizado através de Xperts nesta tecnologia.

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Como modernizar o seu negócio com Azure

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • Existem 4 benefícios da modernização aplicacional com Azure: Segurança e Fiabilidade; Escalabilidade e Flexibilidade; Eficiência; Experiências inovadoras em escala.
  • Saiba como modernizar o seu negócio com Azure através das seguintes estratégias de modernização de aplicações: Lift-and-Shift; Refactor; Replatform;Rebuild; Replace.

Os benefícios que a cloud traz para o seu negócio são vários e até já nos debruçamos sobre eles em artigos anteriores. Enquanto empresa, a Xpand IT tem uma parceria muito forte com a Microsoft, e como tal, as nossas propostas de modernização potenciadas por estas tecnologias têm por base o  Azure, a plataforma cloud da Microsoft.

Independentemente do tipo de cloud que mais se adequa às suas necessidades – pública, privada ou híbrida – é inegável que a sua adoção tem um impacto relevante no seu negócio e nos benefícios palpáveis no dia-a-dia da sua empresa. Segundo a IDC, as empresas que começaram a jornada de migração para a cloud crescem 19.6% mais rápido que as empresas que ainda não o fizeram. A par com a migração, a modernização é uma das abordagens mais interessantes na adoção da cloud, sendo que neste contexto, modernizar é o ato de atualizar processos organizacionais, sistemas e ferramentas para tecnologias mais recentes. O objetivo passa por capitalizar o investimento em Azure, de forma a obter uma diminuição do Time to Market de algumas soluções e a criação de novas experiências, para clientes e colaboradores. Com uma abordagem cloud-first o seu negócio ganhará maior agilidade, estará devidamente dimensionado e em concordância com as melhoras práticas de segurança.

A modernização aplicacional não é um tema recente e existem muitas empresas que tiram já partido da cloud, mas apenas numa ótica de infraestrutura. Ou seja, migraram parte das suas aplicações para o Azure – numa abordagem chamada lift and shift – contudo não estão a tirar verdadeiro partido dos benefícios que estas tecnologias podem trazer.

4 benefícios da modernização aplicacional com Azure

  1. Segurança e fiabilidade. A sua empresa pode garantir a segurança das aplicações e identificar problemas em apenas alguns segundos. Pode manter as bases de dados atualizadas e automatizar tarefas que garantam elevada disponibilidade, recuperação após desastre, cópias de segurança e manutenção de picos de utilização.
  2. Escalabilidade e flexibilidade. A modernização aplicacional permite tirar partido de todas as vantagens da cloud do ponto de vista de escala e elasticidade. É possível configurar o dimensionamento automático, para que as aplicações continuem a funcionar bem independentemente de aumentos ou decréscimos repentinos nas exigências do mercado, tirando partido de uma infraestrutura virtualmente ilimitada.
  3. Eficiência. Com uma adoção correta de Azure a sua empresa será um sinónimo de eficiência, garantindo a utilização dos recursos certos na altura certa e de acordo com a necessidade.
  4. Experiências inovadoras em escala. Quando a sua empresa entra num processo de modernização com Azure, passa a ser capaz de criar experiências mais ricas e personalizadas, de forma mais rápida e contínua – em escala, sendo possível servir milhares de utilizadores de forma individual.

Estratégias de modernização de aplicações

Para utilizar todo o potencial do Azure, é necessária uma análise ao parque aplicacional da sua empresa, identificar as diferentes aplicações, tecnologias utilizadas e impacto no negócio. Esta fase deverá ser seguida de uma definição clara de como migrar as aplicações para a cloud, efetuando as alterações necessárias para que se possa tirar partido dos serviços de plataforma e não apenas de infraestrutura, realizando o potencial que a tecnologia permite, e acelerando o tempo de comercialização de novas ofertas.

Uma vez completo o planeamento, ou seja, uma vez completa a estratégia de modernização, é preciso partir para a ação e implementá-la. Consideramos aquelas que, para nós, são as principais estratégias de modernização com Azure, lembrando que são potencialmente específicas para cada aplicação de uma empresa.

  • Lift-and-shift: Sem alterações de código necessárias, as empresas transitam as aplicações do seu ambiente anterior para a cloud, tal e qual como estão.
  • Refactor: As aplicações precisam apenas de alterações mínimas no código para se integarem e tirarem o máximo partido do ambiente de Azure.
  • Replatform: As aplicações são movidas para a cloud com pequenas alterações no código, para que possam ser usadas com tecnologias do Azure.
  • Rebuild: A aplicação é reescrita do zero, preservando o seu âmbito e especificidades.
  • Replace: Reformar a aplicação e substituí-la por uma nova, que seja cloud-native.

O exemplo da Sonae Financial Services

A Sonae FS precisava de receber dados do Mastercard Payment Transaction Services e integrar-se com outras entidades para gerir o crédito, tudo em tempo real. Até então, o processamento de dados e erros em massa dispensava demasiado tempo e isso prejudicava a sua produtividade e agilidade.

Para responder a este desafio, a Xpand IT serviu-se do Microsoft Azure e implementou um back-office para que a Sonae FS conseguisse verificar os KPIs e gerir possíveis erros na integração. Com este back-office, seria possível aceder a diferentes dashboards que permitissem visualizar os diferentes KPIs em tempo real e notificar as equipas de possíveis desvios.

Ao reestruturar a arquitetura e incluir novos dashboards e back-offices operacionais, a Sonae FS conseguiu alavancar o Azure e é agora capaz de auditar todo o processo e ter acesso a informação mais detalhada. A adoção da estratégia de modernização Replace permitiu à Sonae FS reformular toda a sua arquitetura para ser cloud-native e tem agora a  capacidade de responder a 4 vezes mais pedidos face à fase inicial do projeto, tendo em conta todas as iniciativas que a Xpand IT está ainda a desenvolver.

Graças à cloud – espinha dorsal da transformação digital – a Sonae FS beneficia-se agora de uma cultura data-driven. Pode utilizar dados para descobrir processos ineficientes, identificar alternativas e até automatizar aqueles que são recorrentes e baseados em regras. Além disso, integra dados ricos para gerir processos e operações no dia-a-dia, consegue fazer previsões mais assertivas e tomar decisões mais eficientes, com adaptabilidade e agilidade.

O ‘Partner of the Year Portugal’ da Microsoft

Cada jornada na modernização aplicacional para a Microsoft Azure é única e embora existam práticas recomendadas, o seu negócio precisa de adaptar-se e de evoluir conforme necessário.

Neste sentido, contar com uma empresa parceira e especialista em modernização aplicacional com Azure é fundamental. A Xpand IT é, pelo segundo ano consecutivo, o ‘Partner of the Year Portugal’ da Microsoft. Na Xpand IT ajudamos os nossos clientes a crescer e a tornarem-se competitivos, aproveitando as melhores práticas e os serviços mais recentes da Microsoft Azure.

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A Inteligência Artificial do futuro: o que esperar

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • A Inteligência Artificial está em crescimento no mundo inteiro;
  • Projetos de IA podem ter impacto em áreas e temas tão distintos como: saúde; crises climáticas; aumento de produtividade das empresas; mudar gerações de experiências de consumo, entre outros.

A Inteligência Artificial não é uma tecnologia recente, ainda que, por vezes, pareça que é uma tendência tecnológica que surgiu nos últimos anos. Na verdade, a história desta tecnologia que reconhecemos como disruptiva a diferentes níveis já remonta à década dos anos 50, quando foram feitos os primeiros desenvolvimentos. Nem sempre esta usufruiu da popularidade com que conta nos dias de hoje, e a verdade é que existiram diversos altos e baixos na história da Inteligência Artificial: assistimos a ciclos de hype e de entusiasmo efusivo, seguidos de ciclos –intitulados AI Winters – onde existiu uma redução tanto no interesse, bem como no financiamento da tecnologia, para depois, anos mais tarde, voltarmos a assistir a um renascimento do interesse científico, potenciados tipicamente por avanços tecnológicos.

Ainda que a origem e a evolução desta tecnologia não tenham sido lineares e que nem sempre tenha sido claro quão fundamental se poderia tornar para as diferentes economias mundiais, hoje em dia a Inteligência Artificial conta com uma popularidade inegável e parece uma realidade distante sequer mencionar a existência.

Fonte: ResearchGate

O que é que a IA ainda tem para nos oferecer

Desde o último AI Winter que se iniciou em 1988, muitas coisas mudaram e, hoje, a Inteligência Artificial assumiu, de forma clara, um papel preponderante na economia. O autor e consultor de IA Andrew Burgess, no seu livro The Executive Guide to Artificial Intelligence, explica-nos quais são os quatro principais motivadores que ajudam a explicar porque é que a IA passou definitivamente do laboratório para o mundo real:

  1. Big Data: atualmente temos disponível uma quantidade abismal de dados. A quantidade de dados que geramos mundialmente está a duplicar a cada dois anos. De acordo com o Statista, prevê-se que a quantidade total de dados criados, processados e consumidos tenha atingido os 64,6 zettabytes em 2020. Esta disponibilidade de informação sem precedentes é crucial uma vez que a IA se alimenta precisamente de dados, que utiliza para gerar valor.

 

  1. Armazenamento barato: todos os dados que geramos precisam de ser armazenados e esta é uma questão logística que temos que considerar quando trabalhamos com grandes quantidades de informação. Os custos com armazenamento estão a diminuir consideravelmente, bem como o tamanho das máquinas que armazenam esses mesmos dados, fazendo com que consigamos comprar maior armazenamento a um custo muito menor. Adicionalmente, a velocidade a que os dados podem ser acedidos, através da cloud, por exemplo, está a aumentar.

 

  1. Processamento mais rápido: além de conseguirmos armazenar a informação com a qual queremos trabalhar, também precisamos de a processar. De acordo com a Lei de Moore, o número de transístores que caberiam nos chips duplicaria a cada dois anos. No entanto, David House reviu, mais tarde, a fórmula para aquela que atualmente mais comummente utilizamos: o desempenho dos chips duplica a cada 18 meses. Com processadores mais rápidos e compatíveis com a atividade de IA, tornamos possível a resolução de problemas mais complexos e que necessitam de consumir mais dados.

 

  1. Conetividade omnipresente: foi apenas nos últimos anos que as redes (banda larga e 4G e, mais recentemente, 5G) se tornaram rápidas o suficiente para permitir que quantidades significativas de dados fossem distribuídas entre os servidores e diferentes dispositivos. Como tal e porque, atualmente, já conseguimos assegurar boa conetividade, conseguimos garantir que a informação está rapidamente disponível para ser recolhida, processada e analisada.

 

Assim sendo, conseguimos atualmente cruzar um conjunto de fatores que anteriormente não tínhamos forma de garantir. Todos são absolutamente essenciais para que a Inteligência Artificial consiga, finalmente, vingar enquanto tecnologia com verdadeiro potencial disruptivo. Sem armazenamento barato, não iríamos conseguir viabilizar o investimento de um projeto de IA que necessite de quantidades consideráveis de informação. E sem informação disponível, não teríamos hipótese de considerar esta tecnologia para resolver problemas, uma vez que esse é o motor que a IA necessita para brilhar. Assim, agora que temos todas as condições para conseguir tirar proveito da tecnologia, o que podemos esperar para a Inteligência Artificial do futuro?

O que esperar da Inteligência Artificial do futuro?

É sempre difícil fazer projeções quanto àquilo que o futuro nos reserva, porque este é-nos completamente desconhecido. No entanto, olhando para o percurso que a tecnologia já fez ao longo das últimas décadas, vemos indicadores positivos para o futuro. Ainda assim é importante fazer notar que, numa altura como o início da pandemia, em que se esperava que a IA se revelasse uma tecnologia altamente relevante, a sua performance ficou muito aquém das expetativas. Na altura em que entrámos em período de confinamento, existiram diversas tentativas de diferentes organismos para utilizar a IA para ajudar na rápida deteção da doença, seja no diagnóstico ou na previsão de diferentes surtos regionais. Mas nem todas as tentativas que se fizeram foram bem-sucedidas e, em retrospetiva, conseguimos agora perceber onde é que a tecnologia teve um desempenho inferior, deixando-nos importantes lições para melhorarmos no futuro.

Sabemos, por exemplo, que não basta contar apenas com a disponibilidade da tecnologia ou da informação, mas é necessário ter em conta fatores como a qualidade e disponibilidade da informação que estamos a utilizar, a possibilidade de existir descriminação e enviesamento de resultados, a existência de erro humano na coleção de dados e até o facto do nosso contexto global e, por vezes local, ser altamente complexo. Há ainda muito que podemos fazer para melhorar os resultados que obtemos de iniciativas de IA. Esta tecnologia, terá pela frente, como outras antes desta, um caminho de maturação e sustentação.

Mas, no futuro, garantindo que ultrapassamos os obstáculos de operacionalização inerentes a projetos de IA, esta terá espaço para se tornar numa aliada essencial para a Humanidade, em diferentes vertentes:

  • Revolucionando o campo da Saúde, diagnosticando doenças de forma precoce e auxiliando inclusivamente no processo de tratamento, permitindo oferecer uma medicina totalmente personalizada e ajustada às necessidades de cada paciente;
  • Tornando-se numa das ferramentas cruciais na prevenção de crises climáticas, ajudando-nos a prever fenómenos extremos e a planear para tal;
  • Tornando-se no maior colaborador digital dos trabalhadores humanos, tomando totalmente conta de tarefas que podem ser automatizadas e revolucionando a forma como trabalhamos;
  • Revolucionando as próximas gerações de experiências digitais e phygital. Já conseguimos antever como as novas tecnologias estão a mudar o espaço das experiências – sejam estas phygital, físicas ou digitais. A Inteligência Artificial será um ingrediente base que irá moldar as próximas gerações de experiências de consumo.

Pensamentos Finais

Ainda agora começamos a explorar o potencial que esta tecnologia tem para revolucionar diferentes negócios e indústrias. Como tal, estamos focados em ajudá-lo a utilizar a IA para desbloquear novas oportunidades de crescimento para os seus negócios.

O nosso AI Solutions Centre pretende apoiar as empresas nesta jornada de adoção de IA, oferecendo a possibilidade destas adotarem a tecnologia com a orientação necessária e dando os passos necessários para começar a integrar inteligência nos sistemas organizacionais. Desafie-nos para o ajudarmos nesta jornada.

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Phygital: a fusão do mundo físico com o digital

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • Phygital é um espaço partilhado entre os mundos físicos e digital e é uma tendência capaz de impactar todos os setores e indústrias;
  • Alguns exemplos de como abordar esta temática em setores como: Retalho, Banca, Seguros e Turismo.

As fronteiras entre o mundo físico e o mundo digital foram-se, ao longo dos últimos anos, esbatendo fruto da evolução tecnológica a diferentes níveis – e das estratégias definidas por cada empresa.

Esta tendência foi claramente acelerada pelo estado de pandemia em que vivemos há dois anos, visto que todas as iniciativas digitais ganharam uma importância fundamental face a todas as outras, muitas vezes não por escolha ou decisão conscientes, mas por necessidade. Criou-se um espaço partilhado entre os mundos físicos e digital que nos permite tirar partido de ambos os mundos, de uma forma híbrida, com o objetivo de cumprirmos os nossos objetivos – sejam eles quais forem. É esta a definição de Phygital, esta mescla do físico com o digital, que enquanto tendência tem potencial para impactar todos os setores e indústrias.

Todos nós conseguiremos lembrar-nos de exemplos concretos de Phygital no nosso dia a dia, bem antes da pandemia. Exemplo disso são, por exemplo, aplicações de Realidade Aumentada como a do IKEA (que nos permitia ver através do telemóvel como iria ficar uma determinada peça de mobiliário na sala) ou até de retalhistas como a Graham & Brown (que permitiam ver como ficaria um novo papel de parece na nossa sala, usando o telemóvel para escolher a área onde queríamos aplicar e vendo através do mesmo como ficaria e, inclusivamente, calculando a quantidade de papel necessária).

Todas estas aplicações tiravam partido de tecnologias já existentes para melhorar a experiência do utilizador fundindo os dois mundos: físico e digital. Mesmo quando não eram formas de interação disponibilizadas pelas marcas, era possível ver a tendência a acontecer: quantos de nós não consultaram algum tipo de conteúdo digital enquanto estávamos numa loja física a avaliar um qualquer item, sejam avaliações por outras pessoas, vídeos informativos sobre o produto, etc? Todas estes exemplos demonstram, de forma clara, que há um espaço significativo a ocupar com interações híbridas, e que as marcas que o conseguirem fazer melhor serão certamente aquelas que, em diferentes aspetos, irão reter a atenção dos utilizadores e construir uma lealdade assente numa proposta de valor diferenciadora.

Existem vários exemplos de como abordar esta temática, em diferentes setores e com diferentes propósitos. Indico de seguida algumas para reflexão:

Retalho

Porventura o setor com mais trabalho já feito, através de conceitos como o Magic Mirror (em que conseguimos experimentar peças de roupa num trocador sendo depois indicadas várias informações úteis, combinações, etc), ou mesmo exemplos de realidade aumentada como os que dei acima. No entanto, há coisas bastante simples que podem manter o utilizador no contexto da app da marca, como o fornecimento de conteúdos específicos de acordo com o produto que estamos a analisar, ou experiências mais sensoriais – como a de presenciarmos uma refeição a ser cozinhada num supermercado e através de um scan de um QR Code serem adicionados todos os produtos para confeccionar a receita ao carrinho de compras.

Banca

Este é um setor onde cada vez mais os clientes pretendem ser atendidos à distância, o que só torna mais importante dar-lhes uma experiência relevante quando se dirigem a um balcão. Processos de abertura de conta totalmente digitalizados que combinem a tecnologia com a componente humana, ou até informações úteis dadas ao utilizador ao entrar num balcão são exemplos concretos do que se pode fazer e que marca a diferença.

Seguros

Iniciativas simples, como tirar a fotografia a uma despesa e reconhecer automaticamente os dados a submeter num pedido de reembolso, ou utilizar as apps de seguros como um apoio efetivo num caso de um acidente que resulta na necessidade de fisioterapia são exemplos do que poderia ser feito com tecnologia existente – e que contribui, e muito, para a construção da relevância das seguradoras no nosso dia a dia, tema tão premente para a indústria.

Turismo

A possibilidade de podermos utilizar os nossos dispositivos, quando visitamos um hotel, para interagirmos com o quarto ou sabermos mais sobre as áreas circundantes e as experiências que podemos usufruir são algumas formas de usar a tecnologia em prol da experiência.

Pensamentos Finais

São vários os exemplos que podemos dar, e muito mais aqueles que resultariam de sessões conjuntas de trabalho e brainstorming feitas com o objetivo de procurarmos uma forma de tirarmos partido da tendência do Phygital em benefício das pessoas. Claro que todas estas interações vão implicar que os Sistemas de Informação estejam preparados para tal, o que nuns casos será mais simples do que noutros – e muitas vezes não pela tecnologia, mas pela realidade e maturidade digital de cada cliente. No entanto, é certamente algo a ter em conta quando nos preparamos para viver num mundo mais físico e humano, mas certamente (e de forma permanente) mais digital também.

 

Originalmente publicado em Link To Leaders.

Sérgio VianaPhygital: a fusão do mundo físico com o digital
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Como a tecnologia pode ajudar a criar bancos mais sustentáveis

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS
  • 68% dos consumidores estão interessados em produtos financeiros verdes;
  • 63% dos consumidores querem que o seu banco os ajude a compensar a sua pegada de carbono;
  • Os bancos devem continuar a investir na sua jornada de sustentabilidade oferecendo produtos financeiros verdes aos seus clientes;
  • Os clientes recompensarão os bancos que assumirem uma posição de liderança em questões climáticas.

No momento presente já não podemos ignorar a dura realidade das alterações climáticas ou o porquê de precisarmos de agir agora. De acordo com o último relatório do IPCC, “os cientistas estão a observar mudanças no clima do planeta Terra em todas as regiões e em todo o sistema climático”. O relatório afirma que as temperaturas estão a subir e tal é o resultado do número crescente de emissões de gases de efeito de estufa que, por sua vez, resultam das atividades humanas. Essas atividades, demonstra o relatório, “são responsáveis por um aumento de cerca de 1,1ºC entre 1850-1900” e que nos próximos 20 anos, “a temperatura global deverá atingir ou ultrapassar 1,5ºC de aquecimento”. Um aumento de 1,5ºC poderá não parecer muito, mas pode ser catastrófico para o nosso planeta e recursos naturais como, por exemplo, os recifes de coral que são responsáveis por garantir a saúde dos nossos oceanos e das muitas diferentes espécies que fazem dos oceanos as suas casas.

Mas nem tudo são más notícias. Parece que as alterações climáticas estão, finalmente, a tornar-se uma prioridade para os governos e empresas globalmente ou, pelo menos, tem existido uma pressão crescente da sociedade para se endereçar o problema. Alguns países e organizações já se comprometeram a atingir uma pegada de carbono zero até 2050. Este compromisso transmite uma mensagem forte para o resto do mundo: é urgente agir agora. Como o Bill Gates afirma no seu livro Como Evitar um Desastre Climático, não temos ainda todas as ferramentas que precisamos. Ainda assim, já temos algumas ferramentas disponíveis que podemos utilizar para reduzir as emissões e iniciarmos o caminho até à pegada de carbono zero. A tecnologia é um elemento fulcral para tornar a banca mais sustentável. Todos os setores, indústrias e, bem, cada cidadão, tem um papel a desempenhar. Aqui também se inclui a indústria da Banca e as diferentes instituições financeiras. Afinal, como pode a tecnologia ajudar os bancos a tornarem-se sustentáveis?

Banca Sustentável: a tecnologia como fator de mudança

As instituições financeiras são parte da nossa vida. Todos nós precisamos delas para sobreviver na economia moderna, e os bancos são uma parte essencial do tecido económico das nossas sociedades. Os bancos têm um impacto direto na vida de diferentes comunidades. Estes têm a responsabilidade de ser uma força motriz para uma mudança positiva nas regiões em que operam. Vimos os bancos assumirem essa responsabilidade durante a pandemia provocada pelo vírus COVID-19 com as moratórias e outras medidas, e, portanto, estes devem continuar a motivar a mudança de comportamentos na crise climática que agora enfrentamos. A pressão para que os bancos ajam vem de diferentes stakeholders desde reguladores, funcionários e até mesmo clientes. À medida que o público se torna ainda mais consciente da urgência em lidar com a crise climática, os consumidores sentem-se empoderados para mudar os seus comportamentos e passam a esperar a mesma mudança nas empresas com as quais se relacionam. A tecnologia e as ferramentas digitiais podem, nesse sentido, tornar-se verdadeiros fatores de mudança de duas formas: ajudando as organizações a reduzir as suas emissões e atingir a neutralidade carbónica e integrando ferramentas digitais para que os consumidores consigam fazer uma contribuição individual para o mesmo objetivo.

De acordo com o European Carbon Survey 2021 realizado pela Meniga, 68% dos consumidores estão interessados em produtos financeiros verdes, enquanto 63% querem que o seu banco os ajude a compensar a sua pegada de carbono. A procura por produtos e serviços alternativos está a aumentar e os consumidores desejam fazer parte da mudança. Os bancos, então, encontram-se numa posição privilegiada para oferecer aos consumidores as ferramentas que estes precisam para participar na resolução dos desafios ambientais que enfrentamos. Como? Por um lado, ajudando os consumidores a consciencializar-se do impacto que as suas compras têm no ambiente e, por outro, proporcionando-lhe as ferramentas digitais necessárias para reduzir esse impacto. Existem já diversas ofertas no mercado que permitem aos bancos responder às necessidades crescentes dos consumidores, tanto para aumentar a sua consciência para o problema em questão, como para os ajudar a agir. Uma calculadora de pegada de carbono, por exemplo, ajuda os consumidores a entender como é que as suas atividades diárias e as diferentes compras que fazem impactam o meio ambiente. A pegada de carbono estima as emissões totais de gases de efeito de estufa resultantes dos produtos que compramos ou das decisões diárias que tomamos (o meio de transporte que escolhemos, os alimentos que compramos, as viagens que fazemos, etc.).

Ao integrar uma ferramenta como esta nas suas jornadas digitais, os bancos não só serão capazes de ajudar os consumidores a perceber quanto impacto têm sobre o número total de emissões de gases de efeito de estufa, mas também oferecer-lhes alternativas para reduzir esse impacto e fazerem a transição de estarem cientes do problema para se tornarem parte da solução. Isso pode ser alcançado oferecendo produtos financeiros verdes (tal como créditos “verdes”, poupanças sustentáveis, extratos digitais, etc.), estabelecendo esquemas de compensação de emissões ou oferecendo incentivos claros para impulsionar uma mudança comportamental — bancos como o Barclays e o Swedbank já oferecem diferentes opções de créditos verdes. O Commerzbank lançou o chamado “mountain forest project”: plantam um metro quadrado de floresta na Alemanha por cada mudança para um extrato digital em vez de papel. O Nordea oferece aos consumidores a possibilidade de contabilizar a sua pegada de carbono com uma calculadora na sua aplicação móvel.

Por outro lado, as organizações também têm um papel a desempenhar: várias empresas como a Microsoft, a Coca-Cola, Unilever, Best Buy, Siemens, e números cloud providers, para dar alguns exemplos, comprometeram-se a atingir a neutralidade carbónica até 2030-2040. Tecnologias como a cloud são fundamentais para que as empresas se tornem sustentáveis. De acordo com a Accenture, a migração para a nuvem pública “pode alcançar uma redução significativa de carbono, materializando-se numa redução de 5,9% nas emissões totais de IT”. Existem já várias ferramentas que podem ajudar as organizações a compreender e reduzir o seu impacto ambiental, tal como a Calculadora de Sustentabilidade da Microsoft. Com ferramentas como esta, as organizações podem atingir metas relacionadas com o clima, reduzir a sua pegada de carbono e aumentar a transparência no que toca às suas emissões.

Existe um esforço crescente por parte dos bancos para se tornarem mais sustentáveis e incluírem critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) nas suas decisões de negócio. Os bancos devem continuar a investir na sua jornada de sustentabilidade, definindo estratégias claras e transparentes e procurando uma vantagem competitiva com produtos e serviços inovadores que resultem numa adoção generalizada destas alternativas em diferentes segmentos de clientes e outras indústrias. Os bancos devem assumir uma posição relativamente à crise climática e devem estar preparados para assumir uma postura de liderança no que toca a impulsionar este movimento. Em última análise, os clientes recompensarão os bancos que assumirem essa posição de liderança em questões climáticas.

Fale connosco e explore como poderá utilizar a tecnologia para desbloquear o seu futuro carbono-zero e assumir a liderança ao tornar-se um banco sustentável.

Vamos construir o futuro da Banca sustentável juntos?

Sérgio VianaComo a tecnologia pode ajudar a criar bancos mais sustentáveis
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A experiência como fator diferenciador

ESTE ARTIGO EM 5 SEGUNDOS:
  • A importância da experiência na construção de uma relação mais próxima e personalizada com os clientes;
  • O phygital enquanto tendência de fusão entre o mundo físico e o mundo digital (experiências híbridas);
  • A tecnologia enquanto facilitadora da construção de experiências relevantes;
  • A experiência como fator diferenciador: as marcas que construam experiências relevantes para os seus consumidores beneficiam de uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.

A economia global é, cada vez mais, uma economia digital. Aliás, o digital tem vindo a assumir uma preponderância sem igual nas vidas de todos nós, de diferentes formas: em primeiro lugar, porque estamos constantemente ligados. Ora estamos em frente do computador, do tablet, ou do smartphone. E fazemo-lo 24/7, sem pausas para férias. Estamos sempre disponíveis, temos acesso à informação em qualquer lugar e a qualquer hora. Aprendemos a dar como garantido, através da tecnologia que se encontra atualmente ao nosso dispor, o acesso a serviços imediatos, convenientes e acessíveis. Em segundo lugar, porque estamos a vivenciar um momento único na História em que, ao longo de vários meses, nos vimos confinados aos nossos domicílios e, sem existir qualquer outra alternativa, tivemos que nos ajustar a uma realidade quase exclusivamente digital, seja na vida profissional (com o trabalho remoto), seja na vida pessoal (alterando a forma como interagíamos com as marcas e até os nossos hábitos de consumo).

A verdade é que num contexto pré-pandémico – uma realidade que hoje nos parece totalmente distante – os canais digitais já estavam gradualmente a ganhar uma maior importância e eram um dos pilares para as marcas construírem uma relação personalizada com os seus clientes. Ainda assim, a atual crise pandémica veio apenas demonstrar que os canais digitais devem continuar a ser um foco para as empresas, mesmo que atualmente já comecemos a vislumbrar um possível regresso ao escritório e a ambientes presenciais. Tal acontece porque dificilmente será possível retornar ao “antigo normal” como anteriormente o conhecíamos.

A tendência será para que existam mais modelos híbridos, onde o presencial se funde com o digital e vice-versa. E com a preponderância que o digital está a tomar nas nossas vidas, por via das circunstâncias e por via também de mudança de hábitos, fica cada vez mais claro que os canais digitais deixam de ser uma opção para as empresas que querem construir uma relação personalizada com os seus clientes para passar a ser um elemento central na sua estratégia de customer engagement.

A consequência de tudo isto? À medida que os canais digitais passam a ser uma das prioridades das empresas, também estes passam a ter maior concorrência. Multiplicando-se as opções para os utilizadores, passa a ser cada vez mais complicado estes tomarem uma decisão sobre que produto, serviço, canal utilizar. As marcas acabam por ter maior dificuldade em destacar o seu produto/serviço dos restantes e até comunicar eficazmente a sua oferta. Afinal, com todos estes fatores, parece não existir qualquer fator crítico de sucesso para que as marcas consigam destacar-se dos seus demais concorrentes. No entanto, se há coisa que a pandemia nos mostrou é que existe efetivamente um fator que pode fazer toda a diferença na forma como as marcas se relacionam com os seus clientes e no grau de sucesso do desenvolvimento dos canais digitais: a Experiência.

Experiência e tecnologia

A Experiência é o que determina a ligação emocional que o utilizador vai estabelecer com a marca – reação esta que é biológica e que pode ter um impacto tal no consumidor a ponto de determinar se este se mantém fiel a uma marca (ou não). A Experiência de utilizador não é uma disciplina nova, mas só nos últimos anos é que se tem afirmando com a devida relevância. A construção de uma boa Experiência implica um conhecimento profundo sobre como os utilizadores interagem com um determinado produto, serviço, marca ou interface. Requer uma visão holística das suas necessidades, daquilo que gostam, do que valorizam e até das suas limitações. A Experiência deverá estar sempre centrada nos utilizadores: afinal, é com eles que queremos estabelecer uma ligação.

A pandemia deixou-nos algumas lições importantes: uma delas é que a tecnologia continuará a ser parte integrante do nosso futuro e a outra é que, enquanto seres humanos, continuamos a necessitar do contacto mais próximo e emocional. Esse é, na verdade, o grande desafio para todas as marcas: como desenhar Experiências capazes de despoletar nos utilizadores emoções positivas e um impacto emocional significante através das tecnologias que têm ao seu dispor. Mas este é um desafio que, a ser ultrapassado, deixa claro que as marcas que conseguirem construir Experiências relevantes para os seus utilizadores beneficiarão de uma vantagem competitiva face aos seus competidores. É, por isso, cada vez mais importante apostar na criação de Experiências digitais diferenciadas e com potencial para impactar o público-alvo. Tal é possível através de um conjunto de plataformas que os utilizadores usam no seu dia a dia – desde apps mobile a portais web, passando por chatbots e iniciativas como quiosques digitais (que são um exemplo extremamente interessante do Phygital enquanto tendência de fusão do mundo físico com o digital). Estas Experiências podem ser aplicadas em vários setores, como a Banca, os Seguros, o Retalho e a Saúde, entre outros.

Em resumo:

Os consumidores são cada vez mais exigentes, é um facto. Com a maior relevância dos canais digitais – numa tendência que deverá continuar a crescer nos próximos anos -, a Experiência pode ser um fator diferenciador, contribuindo para potenciar a relação da marca com os seus clientes. É sobretudo importante estreitar a relação entre Experiência e Tecnologia, tirando partido das várias potencialidades que esta tem para oferecer. E, num mundo cada vez mais digital, as potencialidades são imensas.

E você: tem algum desafio em que considere que a Experiência pode ser um fator diferenciador, em linha com o que descrevemos em cima? Quer tenha um desafio em mãos onde sinta que a experiência é fundamental, ou precise de perceber como a Experiência pode acrescentar valor, trabalharemos em conjunto consigo para o ajudar a potenciar a relação da sua marca com os seus clientes, sem nunca perder foco da tecnologia.

Sérgio VianaA experiência como fator diferenciador
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Colaboração Microsoft: promovemos inovação com Azure

A nossa parceria com a Microsoft tem crescido bastante ao longo dos últimos anos. O que começou inicialmente como uma pequena Unidade de Negócio na Xpand IT é uma equipa globalmente reconhecida de especialistas em áreas como Xamarin, Azure e Big Data. Todos os projectos que fizemos ao longo dos últimos 4 anos com os nossos clientes compõem uma lista impressionante de empresas com as quais fomos capazes de desenvolver soluções que oferecem experiências fantásticas aos utilizadores.

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Vivemos numa Economia de Customer Experience. À exceção das minhas filhas… por enquanto!

Vivemos num mundo fascinante. Num mundo de inovação, potenciado pela tecnologia. Repleto de novos produtos, novas soluções e novos serviços, que nos transportam para uma forma diferente de viver, muito diferente da vida que levávamos há alguns anos – seja para o melhor ou para o pior. Decorrente de todas as tecnologias existentes e do impacto que estas têm na sociedade, este é um mundo que nos cria também novos desafios. Independentemente disso, este é, de facto, um mundo fascinante.

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